31.12.07

a caminho de casa




no jardim da estrela 2



no jardim da estrela 1








viver (n)o presente: a passagem de mês


às agendas e calendários que enchem as chamadas passagens do ano prefiro os livros de anos (o meu é inglês daí que se chame birthday calendar) porque, embora ou por causa de, serem destinados a marcar os dias de anos, não "têm" anos.
enquanto que as agendas e calendários estão sujeitas ao tempo, tendo um período de validade de um ano apenas, o meu livro de anos que, como o nome indica, serve para todos os anos, vive fora do tempo na medida em que escapa à oposição temporal entre o passado, o presente e o futuro.
ou melhor, ele está no tempo de outra maneira. em vez de acumular anos usados, uns sobre os outros, numa pilha sem fim nem sentido, ele vai reciclando os diferentes doze meses, simultaneamente os continuando e transformando, uns nos outros, num processo permanente e presente.
é por isso que esta noite não vou despedir, por limite de idade, o ano de 2007, nem admitir o recém-nascido 2008 (afinal em que é que um ano 'novo' difere de um ano 'velho', para além da mera representação oral ou escrita de uma data?). vou é saudar o regresso de janeiro, isto é, vou celebrar a transformação da qualidade de dezembro - o mês em que, além do rodinhas, todos os anos fazem anos o mv, o re e o pva, na qualidade de janeiro - o mês em que a kainha e o tecoteco, além da mc, da lf e da ln.
não se pense que se trata de qualquer chinesice da minha parte. bem pelo contrário, o sentimento que me move não passa do mais comezinho medo da mudança e do desconhecido. enquanto que o mês de janeiro é um velho amigo - já o vivi tantas vezes que lhe conheço as qualidades, positivas e negativas, sei o que a sua natureza me permite e aquilo que me proibe, o ano de 2008 é um completo estranho - nunca o experimentei, desconheço a sua natureza (se é que os anos têm naturezas próprias), não tenho forma de saber o que ele me reserva. finalmente e tão importante quanto, a passagem de mês, pelo seu carácter cíclico e rotineiro, não me obriga a fazer balanços do que (não) fiz no passado nem planos que (não) farei no futuro. esta noite quero viver contente (n)o presente.

também há quem conte carneiros

o facto de os livros de telefones e moradas serem agora digitais facilitou a remoção dos "contactos" desactivados - na maioria dos casos pelo desaparecimento da pessoa-do-contacto, noutros pelo desaparecimento da relação com ela; o que, naturalmente, aumentou a eficácia da sua função mais imediata, enquanto mera lista de números e nomes de ruas "úteis". mas reduziu, de forma quase brutal, a sua função complementar de fonte, mais que todas fidedigna, para a reconstrução histórica da nossa pessoal; escrito a lápis ou a tinta, nenhum livro de telefones e moradas nos permite aldrabrar a nossa própria narrativa: quem passou por nós ficou lá inscrito (ainda que riscado ou apagado), quem não ficou inscrito é porque não passou.
é por isso que guardo com cuidado o velho livro de telefones e moradas de capa de carneira apesar de há uns anos ter deixado de usar (isto é, de actualizar a informação nele contida). nele ainda posso encontrar os nomes de todas aquelas e de todos aqueles cuja morte (desculpa ms por teres sido o primeiro), ou afastamento afectivo (quase sempre por desleixo meu, os amigos são como os caminhos, se não os percorremos, enchem-se de mato e acabam por desaparecer) apaguei do computador ou não copiei para o i-phone. a ele acabarei por recorrer, mais tarde ou mais cedo, para fazer a sério o que até agora apenas tenho feito a brincar, só de cabeça, durante as insónias, para ver se adormeço: contar os mortos da minha vida e ver qual a sua proporção em relação aos vivos.

less is more



o pensamento estratégico de la

em entrevista ao correio da manhã, o ministro português dos negócios estrangeiros (la) declarou que "o desígnio de portugal é o mundo". para ele, "portugal tem condições para capitalizar a grandeza que teve na sua história ao serviço do seu futuro". a solução de la é simples e económica sob todos os pontos de vista: "não temos de inventar nada porque a nossa riqueza está no passado". em vez de desejarmos o futuro, como defendem os poetas, esses revolucionários do presente, devemos antes ponderar nesta inteligente e ousada reflexão teórica. a fim de nos tornarmos capazes, individual e colectivamente, de aplicar na prática a máxima que tão bem lhe resume a letra e o espírito: " só temos de revisitar o nosso passado".

o ênfase não é de la (mas de ca)

29.12.07

viagens interiores

























super presente de natal

já as tinha oferecido mas nunca as tinha recebido.
mal as estreei, percebi que me iam mudar a vida.














































28.12.07

cabeça recheada

tenho a cabeça cheia de frases - muito mais frases do que ideias.
mas as ideias não são senão frases.
e as frases não são mais do que ideias.

cadeia alimentar 2

sei, ou melhor, aprendi ontem, que o PQz não gosta de ficar a dever nada a ninguém. a mim, pelo contrário, desagrada-me bastante a ideia de ter as contas feitas com as pessoas de quem gosto. é-me simpático o sentimento de estar em dívida para com elas: cafés, passeios, copos, filmes, jantares, cinema, tudo o que me tenha sido oferecido e que eu tenha apreciado, gosto de 'pagar' back. e, se possível, com juros - daí já ter começado a pensar em sítios onde as xinjiapo mian possam ser tão boas ou melhores do que as que comemos ontem. muito contente, no entanto, por saber que jamais lhe poderei pagar as extra-ordinárias bolinhas de sésamo - uma dívida que me deixará ligada ao meu jovem amigo para o resto da vida.

tarde demais para envelhecer

resposta displicente, mas genuínamente convicta, da minha filha r. a qualquer coisa que eu disse ou fiz: "ora a mãe nunca foi velha, toda a sua vida, há tantos anos, não vai agora começar..."

27.12.07

cadeia alimentar 1

micha peled sobre o seu filme 'china blue'
It’s a food chain not unlike The Jungle - and it’s created by the people at the top: the international retailers. They drive the whole system. They go to factory owners and say “we want you to provide us with this product at this price, and if you can’t do it at this price and at this speed, we are simply going to go somewhere else. In the town where the film was shot, there are over 70 factories that specialize in denim. They’re all eager to get those orders. If Mr. Lam, the factory owner in my film, said “I’m sorry, it’s going to cost me at least $6 to make the jeans because I need to pay them the legal minimum wage and overtime compensation.” They would just say “Sorry, the factory down the street from you is willing to do it for four dollars.” So they are the ones driving the system and the rest of the world just has to survive. Obviously the weakest ones are the workers themselves. They are so poor that they’re desperate to take any job and they don’t have any options at all, they just have to somehow survive in this very inhuman system.

A birds-eye view into a factory room with workers sitting at tables watched by man in a black suit






Factory workers, mostly young girls, including Jasmine, hunch over giant piles of blue jeans at long tables, cutting scraps and inspecting the materials


clothespins

A Chinese girl wearing jeans a red shirt walks down a dirt road holding a small bag and a plastic bucket


26.12.07

geminação

whose desarroit?

24.12.07

lisboagas: uma verdadeira palhaçada

desde que, na passada quinta-feira, foi feita a primeira queixa de cheiro a gas no prédio, até hoje, dia em que se recebeu a 11º visita de "técnicos" das empresas sub-contratadas pela lisboagas para lhe fazerem o trabalho que toda a empresa de gas deveria fazer e responsabilizar-se por, já tenho uma coleccçao de 9 documentos (todos com o mesmo template mas assinados com nomes diferentes, às vezes aos pares, de empresas diferentes) entre termos de responsabilidade, vistorias, inspecções, relatórios e avisos. isto sem contar com os anúncios pespegados com cuspo numa parede do átrio do prédio, anunciando que vão cortar o gas, que já o cortaram, o que é preciso fazermos para eles o voltarem a abrir.
já tinham passado uns anos sobre a mudança de gás, processo durante o qual do fogão à caldeira não houve aparelho a gas que os tais sub-empreiteiros da lisboagas não tivessem deixado avariado ca em casa. e cuja reparação tive 'naturalmente' de pagar à minha custa. os suficientes para já não sofrer os sintomas do imenso trauma provocado pela inconsciente inépcia dos sub-empreteiros da lisboagas. mas não os suficientes, afinal, para me curar de uma doença , a dos empreiteiros da lisboagas, que, sem eu saber, se tonou afinal crónica.
perguntar-se-ão os meus amigos se afinal o prédio já tem gas isto é, se a avaria já foi resolvida. pois bem, no sábado estivemos sem avaria e sem gás. no domingo com gas e com avaria (o arranjo da primeira provocou uma segunda). hoje não sei - o gás não foi cortado e a avaria foi arranjada mas como quer o diagnóstico quer o tratamento efectuads pelo sub-empreiteiro de hoje, foram em tudo opostos ao diagnóstico e tratamento prescritos pelo sub-empreteiro de ontem, não posso sequer imaginar como estaremos amanhã.

molho de natal

o natal é um tempo de qualidade semelhante à da masala no caril indiano. nele aparecendo misturadas todas as emoções humanas conhecidas, é impossível distinguir, na hora da ceia, o cheiro da dor do da alegria, o sabor das perda do das expectativa, o paladar da morte do paladar da vida. a sua natureza emocional e intelectual híbrida em tudo o afasta dos triviais molhos de mono sabor - do ketchup ao molho branco - com que, no resto do ano, defendemos a nossa sanidade mental diária.

18.12.07

paus sem cabeleira

comemorou-se a 11-11 (que outra data poderia ser melhor?) o festival dos 光棍 guanggun, palavra que à letra quer dizer 'ramo despido' (mas que em português eu gosto de traduzir por 'pau sem cabeleira'), isto é, 'solteiro'. ocupada com outros problemas chineses, não tive tempo para estes. quer dizer, não para os solteiros chineses, pelos quais nunca perco o interesse, mas para os debates em torno do que seria a actual falta de mulheres, ou o excesso de homens (depende do olhar) na rpc. apesar de atrasado, aqui fica um video comemorativo.

14.12.07

dear all:

sincronizados os all resta agora categorizá-los em groups. para não ter o insano trabalho de cá para lá, que tive com os primeiros, queria organizar perfeitamente os segundos antes de recomeçar o seu processo de sync. com a ameaça do natal à porta, não posso deixar de pensar nos sub-grupos da época. não quero continuar a recorrer às 2 grandes categorias da agenda actual, a saber, 'cristãos' e 'pagãos' que já provou, em anos anteriores, deixar de fora muitas das especificidades dos meus contactos. também não pretendo reverter a um sistema mais antigo que consistia em distribuir os all por 2 grandes grupos de 'amigos' e de 'parentes', igualmente simplista demais. o mesmo defeito encontro na categorização com base na língua nativa do contacto (português, inglês e chinês). assim, inclino-me este ano para a criação de um sistema misto no qual os parâmetros anteriores (língua nativa, convicção religiosa, parentesco) se conjuguem com outras variáveis importantes como são a forma de tratamento, o estatuto, o género e a idade relativa. o único perigo que posso antever, e contra o qual tenho naturalmente de me precaver, é o de que o número das categorias criadas (os groups) seja idêntico, ou em caso limite superior ao número dos contactos (os all). neste momento ainda só tenho as seguintes etiquetas: 'N (de natal) + chinês.aluno', 'N +português.senior', ' N +pagão.amigo' , 'N + cristão.parente', cristão.parente'.junior ', 'N + tu.pagão.peer' , 'N+você.masc.cristão.parente.português' e 'N+tu.amigo.pagão.português'. mas estou contente com elas e confiante de que, com o auxílio da nova ferramenta 'grupos inteligentes', uma das novidades oferecidas pelo leopardo (ausente tanto no jaguar como na pantera), vou conseguir pôr de pé um sistema de classificação dos meus dear all através do qual poderei adequar os sms-emails natalícios (que espero vir a enviar-lhes) às circunstâncias próprias e irredutíveis de cada uma/um.

13.12.07

art patronage



Lisbon's Jeronimos Monastery
the building of the monastery
was funded by a tax on eastern spices

gosto da pragmática legenda desta fotografia dos jerónimos publicada hoje pelo guardian num dos vários artigos que dedica à assinatura do tratado em lisboa ...


12.12.07

'para brincar com a mãe'

diz a mensagem de email no qual a minha filha c me envia o video que aqui reproduzo. terá ela lido o post anterior? acho que não teve tempo... deve ser apenas um exemplo da intuição que funciona milagrosamente entre as pessoas que se amam.

de A a Z

sempre me interessaram nomes e formas de tratamento. mas agora, depois do upgrade de computador e telemóvel, as questões teóricas e práticas em torno desta 'problemática' adquiriram dimensões inesperadas. devido sobretudo ao meu carácter obsessivo, mas também às possibilidades abertas ad eternum pela tecnologia apple. se até agora, os instrumentos de que dispunha (papel e lápis) me obrigavam, em certo momento, a parar de questionar os sistemas de classificação e, melhor ou pior, optar por um deles, neste caso posso mudar de abordagem todas as noites durante a insónia.
tem sido o que tenho vindo a fazer, roeada, à esquerda pelo i-phone e à direito pelo novo mac os leopardo ligados entre si por um ténue fio muito curto no qual tento não me deixar enredar.
como classificar, nos contactos, o sr. jorge (lima) das persianas? não quero inclui-lo em 'p' (de 'persianas) muito menos em 's' (de 'senhor' como faz muito boa gente minha conhecida). mas a verdade é que se o categorizo em 'l' (como faço com todos os não me arranjam nada), sei que da próxima vez que a persiana se avariar não vou encontrar o número de telefone dele. e a d. amélia cabeleireira? neste caso, a questão complica-se quer do ponto de vista teórico - como descrever os mecanismos sociais que possibilitam a A lidar com B, numa base semanal e emocionalmente próxima, apenas lhe conhecendo o nome próprio (situação que, naturalmente, não se verifica no sentido oposto); quer do ponto de vista prático - como arranjar um pretexto para lhe perguntar pelo apelido?
as mesmas questões levantadas pela classificação de 'subordinados' se colocam na classificação dos 'superordinados'. só muda o ponto de vista e, como tal, a atitude do classificador. que, do paternalismo culpabilizado, desliza para o filialismo revoltado. os médicos são um bom exemplo. tal como me indigna que determinado clínico, a quem trato por 'doutor + apelido', me trate pelo meu nome próprio, também me rebelo interiormente por o incluir em 'd' (o que desde logo lhe confere, pelo menos na minha agenda, um estatuto social superior a muitos dos meus amigos que além de licenciados como ele, têm graus académicos superiores como 'mestres', 'doutorados', 'catedráticos', etc). por outro lado não gosto de dissolver entre os outros mortais um tipo do qual depende toda, ou importante parte (os olhos, o juízo, etc) da minha vida. além disso, ao fazê-lo estaria a fazer com ele o que não gosto que ele faça comigo. mas não é só no plano da radical (apetecia dizer ontológica) desigualdade social que lido mal com os números de telefone dos membros desta classe profissional. também as especializações se revelam particularmente difícil à classificação dos seus números de telefone. o do ginecologista, por exemplo, tem andado do 'd' para o 'g' passando pelo 'a'. também não gosto de ter o telefone do otorrino junto com o do oftalmologista, especialidades com estatutos absolutamente diferentes para mim. mas, por mais volta que dê, pela especialidade ou pelo órgão, não consigo sair do 'o' e também não estou disposta a largar o preconceito social que me impede de usar o 'v' para o oftalmologista.
também a classificação tipo páginas amarelas (amigos, canalizadores, carpinteiros, filhos, pedreiros, médicos, parentes, etc.) provou ser pouco eficaz devido sobretudo ao facto de muitas das etiquetas (por exemplo 'parente', 'amigo', 'filho', 'canalizador' e até 'médico') denotarem realidades sobreponíveis entre si. contudo, o pior sistema de classificação que já experimentei foi o geográfico. tendo vivido em alguns sítios diferentes, tal como de resto os meus classificados, tive um dia a veleidade de organizar os meus números de telefone pelo local onde eles estavam instalados. mas, tal como as pessoas mudam mais de cidade do que mudam de profissão ou de relação comigo, também as cidades mudam de país. em 1997, tive de passar os números de telefone de hong kong do 'reino unido' para a 'china' e dois anos depois, a mesma operação (só que em escala muito maior) com os números de telefone de macau.

8.12.07

asas

a minha filha r anda muito rebarbativa. como se (o trabalho com) a psi lhe estivesse a dar barbas...

6.12.07

os conformistas

só a escrita caligráfica, pelo facto de não ser escrita, pode ser produzida de forma gestual como acontece n(o trabalho d)a pintura. esta é uma evidência que tanto me anima como desanima, uma impossibilidade que ora me enforma ora me disforma. a que sempre, e necessariamente, me conformo.

5.12.07

local solidarity

X trabalha numa secretária encostada à secretária de Y. toca primeiro o telefone de Y sem que ninguém o atenda. toca depois o telefone de X que o atende solícito. é Z que lhe pede para dar um recado a Y uma vez que não conseguiu falar com ela. X responde-lhe que não pode dar o recado a Y pois está, há uma semana a esta parte, a trabalhar num outro sector da casa. Z não percebe. X explica que por ora só foi transferido organicamente - não fisicamente. Z pede desculpa, diz que não sabia das novas funções de X mas que, dada a proximidade física de ambos, talvez ele não se importasse de lhe dizer que .... delicado mas firme X repete que Z terá de 'fazer o favor' de voltar a ligar para Y pois ele não lhe dará qualquer recado.

4.12.07

pensamento do dia

TBA

dança

não sei se este video é extraordinário (opinião do amigo que mo mandou) ou ordinário.
quem se inicia nas chinesices pode achar graça a 'decifrar' (como me dizia alguém outro dia para grande espanto meu...) o hanzi/kanji a que o par de bailarinos presta a sua homenagem...

3.12.07

FDS

1. humanos: duas descobertas opostas mas complementares - um tipo que tomava por pessoa decente apareceu-me como um vigarista de segunda, um sujeito que julgava um estupor de primeira, revelou-se uma criatura de valor.
2. máquinas: duas obsessões paralelas e complementares - i-phone e mac vs mac e i-phone, obsessivamente configurei e sincronizei, sincronizei e reconfigurei.
3. flores: duas violetas iguaizinhas uma à outra floriram ao mesmo tempo - em sinal de reconhecimento pela amabilidade da planta levei-a para a sala

27.11.07

homenagem a tsai mingliang



















foto tirada recentemente em estocolmo por amigo recém
chegado às chinesices que pretende manter o anonimato.

A

viktig, nyckel


nyckel, lösning, klaff, facit, teckenförklaring, tonart, ton [mus.], tangent [mus.], klav, färgton, vingfrukt [bot.]

V

anpassa, stämma

English Thesaurus: key

A

Chief, Pivotal,Very important; essential

N

Specially shaped piece of metal used to open or close a lock, Instrument for grasping bolts and nuts, Instrument for winding a clock or other mechanism, Finger-operated button or lever, Device used to open or close an electric circuit, Essential part, Means of access, control or advance, Small piece of wood inserted in one or both parts of a joint to align it and hold it firmly together, Slot formed into a concrete surface for the purpose of interlocking with a subsequent pour of concrete, Center stone or brick of an arch, Set of musical notes with a particular base note, Principal tonality of a composition, Pitch of a voice or other sound, Tone or style of thought or expression, Degree of intensity, Explanation of signs and symbols; legend, System or pattern used to decode or decipher a cryptogram, Printed answers to a test, Small flat island, Winged fruit; samara

V

Use a key, Provide with a key, Lock with a key, Fasten, Regulate or adjust, Coordinate, Link or align, Mark with symbols, Enter data by means of a keyboard, Roughen a surface

26.11.07

pares

Fate and freedom are promised to each other.
Buber, I and Thou

25.11.07

auto-suficiência

ouvi, num programa de televisão, um professor de teologia norte-americano a condenar como 'herética' uma determinada 'igreja' dos eua (que igualmente se reivindica do deus cristão) por, na sua opinião, ela colocar no centro a pessoa humana e não a divindade como acontece(ria) no cristianismo. o que teve o mérito de me permitir equacionar, de um novo e mais produtivo ponto de vista, a 'diferença' entre as chamadas três religiões chinesas e a religião cristã. ou, dito de outro modo, porque é que, e pese embora algumas manifestações exteriores e interiores, elas não são religiões. pelo menos no sentido em que o termo é usado na tradição ocidental e na qual incluo, naturalmente, o judaísmo e o islamismo. não é isso evidente na ideia budista de que todas as dependências humanas são nocivas, inclusive a do próprio budismo? claro, não é por acaso que as ditas três religiões aparecem por vezes descritas como terapias. nem que o budismo tem sido teoricamente aproximado da psicanálise: não é o objectivo de toda a análise tornar o analisando no único analista de si próprio? sim, o budista deve matar o buda, como o analisando deve matar o analista e o filho matar o pai (ou for that matter, a filha a mãe) mas, entre o rebanho cristão, quem incitaria as ovelhas a matar o (bom) pastor?

aveiro 2

como no alentejo continua a tocar-me aqui este poder (de) ver (a)o longe, esta desassombrada planitude do horizonte: o puro cruzamento entre o vertical e o horizontal. no lugar da seara a ria, vez do trigo o sal.

o prazer

visita na sala: domingo

- sabes é que eu cada vez odeio mais a igreja e os católicos. como odeio os judeus e os homossexuais.
- agora só te faltam os pretos.
- ah essa é forte...
e a prédica prosseguiu com o pastor a pregar a necessidade de manter integral o ódio, o ódio sendo aquilo que, nas suas palavras, o conserva vivo e dá sentido à sua própria vida.

sábado: sala de visitas


6.11.07

dias da china

e foi então que tu escreveste tão apropriadamente 'cinedie'.

pensamento do dia

presa num enorme engarrafamento.
por uma perna.

30.10.07

bad breakfast day

talvez o almoço, com uma amiga, à beira-rio, ainda consiga recuperar a qualidade do dia de hoje. a verdade (minha apenas, claro, como qualquer verdade verdadeira) é que o pequeno-almoço é um prazer solitário (mais outro...). quando hoje respondi à pessoa, com a qual gostosamente o estava a tomar, que tanto me fazia que o café fosse forte ou fraco porque, no primeir caso bebia-o com leite, no segundo sozinho, estava, não propriamente a mentir mas a omitir a parte mais importante da história. isto é, que com café com leite só gosto de comer pão fresco mas com café preto só como torradas. que em pão mole só gosto de pôr manteiga mas em torradas queijo freco. que num caso ponho açúcar no outro não. que de uma maneira como compota, da outra pesto. que do café fraco bebo duas chávenas grandes, do forte uma pequena. que o pão das torradas para o queijo fresco tem de ser integral mas que o pão para o pão com manteira pode ser integral ou não. que não quero ser observada enquanto calculo, gostosa e obsessivamente, a forma como hei-de dividir o pequeno volume branco do queijo fresco de modo a que ele não falte para acompanhar a última dentada de torrada, nem que dele sobre um bocado para a qual já não tenho torrada. que não quero ser vistaa tirar meticulosamente todo o miolo da parte interior do cacete integral antes de espalhar a manteiga nas duas codeas assim produzidas. em suma, que o pequeno-almoço, sendo a refeição inaugural do dia, e como tal em grande medida determinante da sua qualidade, exige uma concentração do eu no eu dificilmente conciliável com a excessiva presença física de qualquer outro.

29.10.07

metrópoles satélite

efectivamente tudo é relativo. telefonou-me a senhora velhota residente desde criança, no laranjeiro, lamentando-se da impropriedade do comportamento do vizinho do segundo andar , que segundo ela, se prende com o facto de ele ser uma pessoa dos subúrbios, de ter toda a vida vivido nos subúrbios. do laranjeiro.

zhong yong

ao tentar explicar, com real intenção explicativa-subjectiva, o nome deste blog (no seguimento do que senti ser uma pergunta de espanto genuino 'mas porquê a "glória do vulgar"?'), e para além da ironia fácil e imediata sobre a conotação pós-modernista, acabei por chegar ao zhongyong. e assim, sem querer, encontrei uma possível tradução para essa tão arrevezada expressão. não digo que seja a última nem a definitiva mas é, pelo menos, tão boa como as melhores que por aí circulam. zhongyong passou então a ser o aliás deste blog cujo ming é antroponímia e que, socialmente, usa o zi gloria do vulgar .

16.10.07

nomes dos delegados ao 17º congresso do partido comunista chinês

boa lista para ver como, por defeito, "se" é do género masculino...

乙晓光 丁宇 丁纯 丁一平 丁广友 丁义涛 丁友生 丁晓兵 丁海中 丁继泉(女) 丁解民 刀林荫(女,傣族) 干勇 干以胜 于伟 于迅 于芳(女) 于广洲 于天忱 于孔峰 于世良 于幼军 于伟国 于来山 于际训 于昌明 于欣丽(女) 于金明 于建成 于建伟 于革胜 于贵勤(女,满族) 于洪霞(女) 于魁智(回族) 才卓(女,藏族) 万元熙 万庆良 万季飞 小加油(女,珞巴族) 卫华(女) 卫爱平(女) 卫留成 习近平 马丽(女,羌族) 马(文加马旁)(女) 马凯 马飚(壮族) 马天娥(女,回族) 马中平 马玉兰(女,回族) 马丙泰 马发祥 马庆生(回族) 马志鹏 马启智(回族) 马学军(东乡族) 马春雷 马思忠(回族) 马俊镠(女) 马宪华(女,满族) 马艳红(女) 马艳萍(女) 马振川 马桂成 马晓天 马铁山 马海燕(女) 马清明 马德秀(女) 马潞生 王力 王平(女) 王平王宁(四川) 王宁(解放军) 王民王刚 王伟 王宇 王军 王岚(女) 王君 王松 王侠(女) 王波(女) 王春(女,拉祜族) 王玲(女)王珉 王荣 王信 王勇王莹(女) 王铁 王健 王萍(女) 王晨 王敏 王惠(女) 王辉(女)王楠(女) 王毅 王三运 王三堂王大源 王万宾 王小青 王小牧王小京 王义夫 王义生 王卫新(蒙古族) 王云坤 王太华 王巨禄 王少安 王少俊 王少雄 王少媛(女) 王长河 王化东 王文章 王文超 王为璐 王书田 王玉发 王玉贵 王玉普 王正伟(回族) 王正福(苗族) 王世坤(女) 王世新 王丙辛 王东明 王东晓 王东晖(女) 王生英(女) 王生铁 王乐义 王乐泉 王立英(女) 王立科(满族) 王立新 王训智 王永生 王永昌 王永健 王亚丽(女) 王亚非(女) 王有德(回族) 王光亚 王先荣 王伟光 王仲田 王仲伟 王华元 王全书 王兆国 王旭东 王庆煌 王兴亚 王安顺 王红卫(女) 王红兵 王红梅(女) 王寿亭 王志发 王志刚 王抒祥 王克成 王岐山 王秀芳(女) 王秀国 王秀珍(女) 王秀莲(女) 王沪宁 王宏斌 王启敏 王阿依(女,苗族) 王松鹤 王国正 王国平 王国生(江苏) 王国生(解放军) 王国发 王国强 王明义 王明方 王明权 王忠林 王忠禹 王金山 王金相 王金祥 王法金 王学仁 王学军 王建平 王建民 王建华 王建军 王建秀(女) 王建宙 王建满 王柯敏 王树培 王显刚 王俊国 王俊莲(女) 王俊祥 王胜俊 王洪章 王宪魁 王祖继 王秦丰 王振有 王莉榕(女) 王桂莲(女) 王晓东 王晓华 王晓军 王晓初 王晓明 王晓勇 王健林 王海平 王海英(女) 王海涛 王家瑞 王祥富 王教成 王唯众 王敏芹(女,布依族) 王清文 王鸿举 王绮红(女) 王喜斌 王朝文(苗族) 王雅安 王辉忠 王道富 王寒松 王富玉(回族) 王禄宁(女,回族) 王新斌 王静康(女) 王慧敏 王增力 王增钵 王德文(水族) 王德良 王德英 王德学 王儒林 开晓青(女) 韦飞燕(女,壮族) 韦先娥(女,白族) 韦秀锁 韦建桦 韦珍兰(女,壮族) 韦家玲(壮族) 韦家能(壮族) 云峰(蒙古族) 扎西平措(藏族) 支树平 尤权 尤兰田(女) 车俊 车延高 牛钢 牛超(女) 牛玉琴(女) 牛运兰(女) 牛建国 牛绍尧 毛二可 毛万春 毛雨时 毛建东 毛超峰 仁青加(藏族) 仇保兴 公保扎西(藏族) 丹珠昂奔(藏族) 乌兰(女,蒙古族) 乌云其木格(女,蒙古族) 乌云娜(女,蒙古族) 文明 文心田 方宁 方敏(女) 方新(女) 方小方 方永刚 方兆祥 方声坤 方国胜 方晓宇 方惠萍(女) 方殿荣 尹亚菊(女) 尹成杰 尹同耀 尹明华 尹忠显 尹蔚民 巴桑(女,藏族) 巴音朝鲁(蒙古族) 巴特尔(蒙古族) 孔玉芳(女) 孔胜东 孔祥庚(彝族) 孔祥瑞 邓凯 邓楠(女) 邓天生 邓本章 邓永俭 邓亚军(女) 邓朴方 邓先培 邓丽珍(女)邓昌友 邓建军 邓恒来(傈僳族)邓素梅(女,瑶族) 邓崎琳 邓维龙 正月(女,鄂温克族) 甘宁 甘忠泽 艾尔肯·吐尼亚孜(维吾尔族) 艾尔肯·肉孜(维吾尔族) 艾虎生 艾斯海提·克里木拜(哈萨克族) 左敏(女) 左成懃(女) 左晓光 厉华(满族) 厉志海 石柯 石晶 石大华 石冬梅(女,毛南族) 石光明 石宗源(回族) 石香元 布小林(女,蒙古族) 龙飞凤(女,瑶族) 龙凤鸣(女) 龙四清(女,侗族) 龙汉荣 龙兴元 龙超云(女,侗族) 龙新南 卢平(女) 卢健 卢大伟 卢中原 卢津平 卢晓峰 卢容清(女) 卢展工 旦科(藏族) 叶壮 叶健(女) 叶霜(女) 叶万勇 叶小文 叶冬松 叶青纯 叶继革 申小梅(女) 申长雨 申维辰 申惠芳(女) 田中 田卉(女,哈尼族) 田杰 田明 田烈(女) 田野 田力普 田凤英(女) 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徐建中 徐建华 徐建国 徐孟加 徐绍史 徐顺达(满族) 徐冠华 徐振寰 徐留平 徐粉林 徐焕明 徐琼花(女) 徐敬业 徐新桥 殷一璀(女) 殷方龙 奚国华 奚美娟(女) 凌月明 凌成兴 凌解放 高崚(女) 高烽 高雄 高强 高静(女) 高广滨 高东璐 高旭升 高军强 高均起 高宏峰(达斡尔族) 高祀仁 高虎城 高宗禄 高建国 高荣根 高俊良 高晓飞 高新亭 高福锁 郭华 郭莉(女) 郭真(女) 郭大成 郭云翼(女,彝族) 郭为民 郭玉英(女) 郭正新 郭永平 郭廷标(回族) 郭旭恒 郭进考 郭声琨 郭连山 郭伯雄 郭良孝 郭启俊 郭金龙 郭庚茂 郭树周 郭树清 郭修斌 郭俊波 郭俊峰 郭桂蓉 郭晓华 郭晓华(女) 郭浩达 郭海亮 郭祥群(女) 郭继春(回族) 郭梅珍(女,锡伯族) 郭韶翔 席义方 唐坚 唐大生(满族) 唐小平 唐孝君 唐国忠 唐承沛 唐家璇 唐锦波(壮族) 涂建民 展涛(回族) 陶先华 陶武先 陶建幸 焉荣竹 黄力 黄玮(女) 黄明 黄河 黄菊 黄瑶(布依族) 黄融 黄小晶 黄丹华(女) 黄龙云 黄东升 黄业斌 黄兰发 黄华华 黄旭明 黄关春 黄兴国 黄兴维 黄孝慈(女) 黄志平 黄志光 黄丽满(女) 黄作兴 黄伯云 黄坤明 黄奇帆 黄忠红(女) 黄和平 黄金莲(女) 黄建国(湖南) 黄建国(解放军) 黄建盛 黄绍坤 黄标泉 黄树贤 黄选平(回族) 黄洁夫 黄高成 黄继祠 黄跃金 黄晴宜(女) 黄道伟 黄蓉生(女) 黄献中 黄新初 梅宁华 梅华波 梅克保 曹清 曹刚川 曹和平 曹征海 曹建方 曹建明 曹树梁 曹培玺 曹康泰 曹淑敏(女) 戚建国 龚正 龚贤永 龚学平 龚复义(土家族) 龚智超(女) 龚德庆 盛光祖 盛华仁 盛茂林 常平(女,土族) 常万全 常小兵 常春敏(满族) 常振明 常桂春(女) 鄂忠齐(达斡尔族) 崔波 崔曰臣 崔玉英(女,藏族) 崔占福 崔江水 崔林涛 崔昌军 崔保华 矫学柏 符强 符廷贵 符桂花(女,黎族) 符跃兰(女,黎族) 麻晓玲(女,苗族) 麻晶莉(女) 康非 康清 康日新 鹿心社 章小平(藏族) 章沁生 章启月(女) 章猛进 阎启俊 阎济民 盖如垠 梁伟 梁萍(女) 梁卫国 梁长武(蒙古族) 梁冬春 梁光烈 梁伟发 梁传密 梁步庭 梁国扬 梁春禄 梁保华 梁绮萍(女) 梁稳根 屠光绍 隋明太 隋忠诚 巢卫林 彭寿 彭勃 彭勇 彭小枫 彭卫红(女) 彭长城 彭对喜(土家族) 彭宏松 彭宪法 彭祖意(瑶族) 彭家瑞 彭清华 彭智勇 斯塔(藏族) 斯鑫良 散襄军 葛百军 葛红林 葛洪元 葛振峰 葛道凯 董万才 董志红(女) 董启彬 董君舒 董明俊 董明祥 董经纬 董贵山 董海麟 蒋巨峰 蒋仁富 蒋文兰(女) 蒋以任 蒋远华 蒋志权 蒋志农 蒋作斌 蒋应时 蒋英刚 蒋定之 蒋建国 蒋承勇 蒋洁敏 蒋洪亮 蒋济雄 蒋益民 蒋培兰(女) 蒋超良 蒋谟祥 韩正 韩勇 韩长赋 韩先聪 韩仲琦 韩兴国(撒拉族) 韩志然(蒙古族) 韩国明 韩胜延 韩晓溪 韩培信 韩喜凯 韩寓群 覃卫东 覃子娟(女,壮族) 覃振凤(女,壮族) 覃瑞祥 景春华 喻林祥 程艺 程万冲 程文华 程亚军 程国栋 程美丽(女) 程童一 答朝荣(女,回族) 傅永照 傅成玉 傅传耀 傅克诚 傅剑仁 傅雯娟(女) 傅德辉 焦利 焦若愚 焦焕成 储波 舒晓琴(女) 鲁俊(女) 鲁毛草(女,藏族) 童小平(女) 童云芳 童玉梅(女,回族) 童世平 童名谦 童怀伟 曾维 曾庆红 曾庆炎 曾省权 曾培炎 温卡华(壮族) 温兰子(女) 温桂华(女) 温家宝 温熙森 游德馨 谢海 谢亢威 谢世杰 谢伏瞻 谢旭人 谢亦森 谢兴凤 谢和平 谢爱珠(女) 谢渡扬 强卫 靳克文 靳绥东 蓝军 蓝晓娟(女,畲族) 蒲芝权 蒙军(瑶族) 楼阳生 楼继伟 裘志新 裘秀菊(女) 赖德荣 雷金花(女,畲族) 雷建国 雷春美(女,畲族) 路钢 路甬祥 詹夷生 詹纯新 詹夏来 詹福瑞(满族) 鲍建安 解毅(纳西族) 靖志远 雍宗满 褚益民 慕平 蔡武 蔡昉 蔡力峰 蔡永红蔡永莲(女,瑶族) 蔡名照 蔡多文 蔡安季 蔡其华(女) 蔡国英 蔡赴朝蔡德贵 臧世凯 臧胜业 臧献甫嘎玛旦巴(藏族) 雒树刚 廖晖 廖少华 廖绍华 廖锡龙 赛买提·买买提(维吾尔族) 谭力 谭雪(女) 谭君铁 谭铁牛 谭家玲(女) 谭维克 翟卫华 翟玉华 翟占一 翟同政 翟虎渠 翟惠生 熊大新 熊清华 熊清泉 樊政炜 黎瑞玲(女) 德才加(藏族) 德吉卓嘎(女,藏族) 滕一龙 滕文生 颜晓宁 潘刚 潘岳 潘福 潘云鹤 潘立刚 潘兰英(女) 潘志纯 潘逸阳 薛利(女) 薛恒 薛潮 薛正红(女) 薛延忠 薛灵虎 薄熙来 穆占英 穆桂树 戴明盟 戴秉国(土家族) 戴相龙 鞠爱华(女) 魏宏 魏亮 魏凤和 魏书生 魏礼群 魏民洲 魏青刚 魏家福 魏瑞霞(女) 瞿建明

retirada do 人民日报

telegrama de rectificação

a glória do vulgar, no seguimento dos protestos que tem vindo a receber, por telefone e por e-mail, quer tornar pública a seguinte rectificação: no e-mail anterior, onde se lê 'fazer frentes' deve ler-se (não 'fazer frente' muito menos 'fazer trases') mas 'puxar frentes'. trata-se de uma expressão da gíria profissional dos empregados de supermercado (o que em parte justifica o seu desconhecimento por parte dos intelectuais, sempre ignorantes de tudo o que se refere ao trabalho manual) que denota a acção de deslocar para a frente, no espaço das prateleiras, os produtos colocados na fila de trás sempre que eles ficam postos a descoberto mercê da passagem de vagas de consumidores terem varrido os produtos colocados à sua frente.
assinado: a glória do vulgar

parabéns bakerinha

primeiro foi o orgulho pelos hanzi (ainda me lembro da minha recorrrente e pirosíssima metáfora da arca cheia de pedras preciosas). depois o orgulho pelas bebidas e comidas (once servidas a uma anabela estupefacta). em seguida vem o imenso orgulho pelos pães (cozedura, distribuição e reposição de frentes). agora surge o orgulho pelos dólares e outras importantes divisas como o yuan e o euro! falta-me a imaginação para inventar o que virá no futuro...

"estas modernices..." (private joke para MC)

a metáfora de que se deve governar o país como quem frita peixes muito pequenos, isto é, mexendo-lhes o menos possível, cada vez me parece mais susceptível de ser aplicada a outras governações menos públicas ou mais privadas. se o óleo for de boa qualidade e estiver na temperatura adequada, se as criaturas a fritar tiverem sido bem embrulhadas em farinha, nem demais nem de menos, é só metê-las com todo o cuidado na frigideira e esperar que elas se fritem sozinhas, sem as virar ou mexer de um lado para o outro. a visão do mundo supostamente daoista desta historia é a mesma da visão mundo subjacente à mui confucionista história do camponês de song: quando ele pretendeu apressar o natural crescimento das suas plantas puxando-as para cima, matou-as a todas.

já que estamos na cozinha aproveito para deixar indicação do blog ardeu a padaria, onde se podem encontrar fantásticas receitas de cozinha. ouvi uma entrevista que o autor deu ao programa de domingo sobre blogs e fiquei com muito boa impressão dele. como cozinheiro mas sobretudo como pessoa.

15.10.07

mais correlações do tsai

o banho nupcial: na narrativa do real ela lava cuidadosamente os pés, a parte do corpo que ele vai abraçar (usar para fumar e adormecer abraçado a)/na narrativa musical ele lava o corpo todo que ela (não) vai abraçar.
a nuvem no céu: a mesma nuvem branca, pintada no azul do tecto, por sobre a cama onde dormem, em separado, os dois apaixonados marca o sono de ambos. só que o dela é regido por eros (sonho erótico) o dele por thanatos (o branco do tecido com que ele se cobre, antes de adormecer, é a cor do luto nesta parte do mundo).
o útero mental: os dois apaixonados engravidam-se um ao outro metendo coisas redondas debaixo das t-shirts respectivas: ela a melancia, ele a cabeça dela.
o parto: a rapariga taiwanesa consegue expelir a melancia, a rapariga japonesa não consegue expelir a tampa da garrafa.
a vida: a planta recupera com a água, a actriz porno morre pela água (regada sucessivamente pelo esperma, pela água suja que finge o suor do corpo, pela saliva da rapariga que em vão a tenta fazer voltar a si).
a voz: começa por entoar uma doce cantilena, no elevador, passa a gemer, na cena final, até acabar a gritar ficamos sem saber se de prazer ou de horror.
a política: mao zedong na narrativa do real, chiang kai-shek na do musical.
o sangue: filme marcado pelos diferentes fluidos que escorrem do corpo ou para o corpo, nota-se a ausência do sangue. ou melhor, sente-se a sua presença sob a forma da aguadilha vermelha que escorre das melancias.
a melancia: símbolo de liberdade e vida para uma que a lava e oferece a beber, é emblema da sujeição para a outra que assepticamente a transporta (fardada de enfermeira) para a cena na qual é forçada a comê-la.

14.10.07

fluidos corporais: esperma, suor e lágrimas

a única troca verbal entre os jovens apaixonados aparece sob a forma de uma pergunta “ainda vendes relógios?” feita pela rapariga que noutro filme o encontrara nessa actividade. ao que o rapaz agora actor porno responde negativamente limitando-se a abanar a cabeça. diz o realizador algures: My films are a dialogue with myself. At the moment my feeling is, that I want to discuss the body. Body language, bodily needs, bodily functions – what the body is trying to say, that we cannot articulate verbally.
é difícil dizer-se que se adorou um filme que nos foi tão incómodo de ver. no entanto foi o que me aconteceu. um filme que filma a filmagem de filmes pornográficos, embora não sendo pornográfico, ou exactamente por não o ser, é muito mais violento e insuportável do que um filme pornográfico no qual, supostamente, não há sentimentos, mas tão só sexo. neste filme sobre filmes pornográficos, em certo sentido, pode-se dizer que não há sexo, só sentimentos. senti este filme, das duas vezes em que o vi, como um dos mais sentimentais (amor romântico) que já vi. diz o realizador algures: It is not important, what the film is trying to tell you – but what you feel about it. Think about, what you feel.
a cisão operada entre o sexo e o sentimento, na relação amorosa, resulta do facto de eles viverem num e de mundo onde o corpo se transformou numa mercadoria. diz o realizador algures: Today the body is a commodity. People sell their bodies; people watch pornography without thinking of the cost to the bodies involved.
a espantosa construção de imagens, através das quais sentimos essa (im)possibilidade do sexo, assenta na rima. neste filme as imagens rimam como as palavras num poema. e, como na poesia, é o seu paralelismo, por complementaridade ou por oposição, que faz avançar a narrativa. cada imagem prenuncia, como que contém, a imagem seguinte. cada imagem contém restos da imagem anterior, num processo sem fim de contaminação e engendração mútua.
este processo constrói, tanto a relação entre as duas narrativas paralelas (silêncio/efeito do real versus música/efeito do artifício), como as relações entre as duas sub-narrativas dentro da narrativa principal: a sub-narrativa sobre o sentimento sem sexo possível (ou o sexo tornado (im)possível) e a sub-narrativa do sexo sem sentimento.
para só recordar algumas: as lágrimas a escorrem pela cara da protagonista rimam com o suor a escorrer pelo rabo do protagonista (desta vez produzido pelo corpo e não por um artifício exterior); as ‘coisas’ pessoais que as duas raparigas perdem rimam entrem si numa relação de oposição: a pestana, que se esperaria vir do corpo, é artificial, e a chave, que não se esperaria ter a ver com o corpo, é para ele que remete (a virgindiade); a tampa da garrafa (com que a rapariga japonesa se masturba) esterilmente no interior do corpo rima com a melancia produtivamente no interior da cabeça da rapariga taiwanesa (útero mental a comprovar que o ovo precede o pinto). a melancia que num caso se bebe, e oferece para beber (sendo recusada) e noutro é comida à força (sem força para recusar). para não falar da melancia, a mais óbvia, mãe de todas as imagens deste filme. não por acaso, ela é-nos apresentada logo no início do filme, transportada pela actriz porno para ser usada como sua vagina artificial no único filme pornográfico a que assistimos realmente (nos outros apenas vemos o processo de produção, não o produto final). a metáfora cujo significado vai sendo reconfigurado ao ritmo do desenvolvimento da relação amorosa.
tocam-me particularmente neste filme os sinais por que nos é mostrada a força da vida e que, talvez, se possa fazer equivaler à força da relação de troca afectiva. relação que é também reacção como acontece no crescimento súbito e no activo fervilhar dos alimentos/ingredientes cozinhados; ou no fio de água que emerge do solo quando, em plena seca na cidade, o protagonista masculino consegue desenterrar, da camada de alcatrão, a chave da mala da protagonista feminina - a mala fechada, vinda de outra cidade e de outro filme, que nesta cidade e neste filme não chegará a ser aberta.
gostaria ainda de guardar, para memória futura, a nuvem que vi pintada no tecto do quarto de cama. a nuvem que dá o nome ao filme, tianbian yi duo yun, isto é, uma nuvem no horizonte. nuvem que, segundo Tsai, é como qualquer humano: vogando em aparente liberdade, na realidade o seu movimento é condicionado pelo vento pelo que qualquer encontro com outra nuvem não pode ser senão passageiro. daí que todos eles sejam preciosos.

11.10.07

almoço com o vítor

- olha, aquilo é do at!
- pois é.
- mas é mesmo?
- então não vê que sim...
- mas por que raio é que neste restaurante está pendurado um desenho do at?
- o vítor vinha cá sempre almoçar. deve ter sido a concha que o deu.
- boa, então almoçamos com ele(s).

10.10.07

minor scandal

durante a compra do colchão, com particular relevância para o tempo claro-escuro que passámos deitadas ao comprido na cabine da nave espacial, duas ideias repousaram lado a lado na minha cabeça. uma tinha a forma de uma pergunta: se é verdade, como constato, que o espírito toma a forma do que pensa, qual será a sua morfologia quando se deixa esvaziar de pensamentos? a outra, embora semelhante a uma pergunta, era uma angústia , ou melhor, era uma pergunta retórica: será alguma vez possível sair do espaço fechado em que o modernismo nos encerrou ao amarrar a forma à função?

8.10.07

ficha de leitura

com-paixão sem paixão.

7.10.07

uma casa dois mundos











antes do mais bread and roses. logo depois, ken loach. e portanto, o vento nos campos de cevada e a voz do arquitecto a recusar, nas aulas, a abertura do seu bag of tricks. o prazer da literalmente chamada conversa pegada - sucessão ininterrupta de conversas, a qualquer hora do dia ou da noite (da apple à irlanda dos anos 20, passando pelo prazer comum dos bróculos ou pela constatação da impossibilidade de dizer grelos em inglês - não têm palavra para o referente, mais, não têm referente portanto não têm ideia, nem som, nem signo escrito, também o exemplo do hanson (ou 'de' hanson?) a não funcionar em português onde a vaca tem o mesmo número de pernas que as letras da "vaca", diferentemente do que se passa nessa língua simultaneamente tão estranha e tão familiar - pelos sonhos pesados, nos quais um pouco esterilmente representamentos os nossos próprios papéis, pelos mais pequenos e sua respectiva educação parental (assunto sobre o qual voltamos a estar de acordo), pela tua sedução com a tecnologia e perplexidade filológica ("grelo" tem conotação positiva ou negativa?) e pelos meus ambíguos pequenos prazeres solitários, padre dâmaso e afins. o que, no que à minha pessoa (adoro a ideia de ter uma pessoa só para mim) diz respeito, prova que o dinamismo da onda gigante (xin chao?) abatida sobre a estagnação das back waters, não tem força suficiente para apagar o fervilhar da vida que, de forma invisível e inaudível, se processa abaixo da sua superfície.
nada disto é verdadeiramente inesperado: há uns anos atrás, ao mesmo tempo que tu escolhias os teus primeiros binóculos sonhava eu com a minha primeira lupa; só não previmos, nessa altura, o meu renovado gosto em espreitar o longe através dos teus binóculos, nem o teu continuado prazer em observar de perto o que está perto, prazer de ver, em tamanho aumentado, o que, por ser de tamanho reduzido, raramente se deixa ver.

3.10.07

o pão de cada dia

de todas as secções de um supermercado a padaria é a mais simpática. de todas as tarefas cumpridas pelos trabalhadores de um supermercado, cozer o pão é a mais delicada e elegante. de todos os produtos que é preciso transportar de um lado para o outro, num supermercado, o pão é o mais leve. de todos os alimentos vendidos num supermercado, o pão, que é o mais nobre e mais antigo, é também o mais barato. acho que quem trabalha com pão merece, mais do que ninguém, o pão que ganha com o seu ganha pão. parabéns trabalhadora modelo!

10 milhões de execuções na china

o presidente chinês hu jintao garantiu aos meninos e meninas de todo o mundo que os seus brinquedos will be executed swiftly and harshly, pelo que, quando a tarefa acabar, pelo que, quando a tarefa acabar there will be nothing left to play with. por seu lado, chen hai, um alto funcionário da joy sing industrial plastics co., fornecedora de várias empresas americanas de brinquedos, referiu a ajuda que a sua firma está a dar às autoridades, na execução de bonecas e bonecos, tendo mesmo convidado os pais americanos interessados em ir à china visitar our toy torture chambers to see the toys' agony for themselves. chen ainda acrescentou que, as a precaution, the factory also executed 5,000 workers.

ver mais sobre a forma como as barbies chinesas enfrentam os pelotões de fuzilamento

sobre o mesmo assunto, ainda que de uma perspectiva teórica diferente, consultar este artigo