29.12.07

viagens interiores

























super presente de natal

já as tinha oferecido mas nunca as tinha recebido.
mal as estreei, percebi que me iam mudar a vida.














































28.12.07

cabeça recheada

tenho a cabeça cheia de frases - muito mais frases do que ideias.
mas as ideias não são senão frases.
e as frases não são mais do que ideias.

cadeia alimentar 2

sei, ou melhor, aprendi ontem, que o PQz não gosta de ficar a dever nada a ninguém. a mim, pelo contrário, desagrada-me bastante a ideia de ter as contas feitas com as pessoas de quem gosto. é-me simpático o sentimento de estar em dívida para com elas: cafés, passeios, copos, filmes, jantares, cinema, tudo o que me tenha sido oferecido e que eu tenha apreciado, gosto de 'pagar' back. e, se possível, com juros - daí já ter começado a pensar em sítios onde as xinjiapo mian possam ser tão boas ou melhores do que as que comemos ontem. muito contente, no entanto, por saber que jamais lhe poderei pagar as extra-ordinárias bolinhas de sésamo - uma dívida que me deixará ligada ao meu jovem amigo para o resto da vida.

tarde demais para envelhecer

resposta displicente, mas genuínamente convicta, da minha filha r. a qualquer coisa que eu disse ou fiz: "ora a mãe nunca foi velha, toda a sua vida, há tantos anos, não vai agora começar..."

27.12.07

cadeia alimentar 1

micha peled sobre o seu filme 'china blue'
It’s a food chain not unlike The Jungle - and it’s created by the people at the top: the international retailers. They drive the whole system. They go to factory owners and say “we want you to provide us with this product at this price, and if you can’t do it at this price and at this speed, we are simply going to go somewhere else. In the town where the film was shot, there are over 70 factories that specialize in denim. They’re all eager to get those orders. If Mr. Lam, the factory owner in my film, said “I’m sorry, it’s going to cost me at least $6 to make the jeans because I need to pay them the legal minimum wage and overtime compensation.” They would just say “Sorry, the factory down the street from you is willing to do it for four dollars.” So they are the ones driving the system and the rest of the world just has to survive. Obviously the weakest ones are the workers themselves. They are so poor that they’re desperate to take any job and they don’t have any options at all, they just have to somehow survive in this very inhuman system.

A birds-eye view into a factory room with workers sitting at tables watched by man in a black suit






Factory workers, mostly young girls, including Jasmine, hunch over giant piles of blue jeans at long tables, cutting scraps and inspecting the materials


clothespins

A Chinese girl wearing jeans a red shirt walks down a dirt road holding a small bag and a plastic bucket


26.12.07

geminação

whose desarroit?

24.12.07

lisboagas: uma verdadeira palhaçada

desde que, na passada quinta-feira, foi feita a primeira queixa de cheiro a gas no prédio, até hoje, dia em que se recebeu a 11º visita de "técnicos" das empresas sub-contratadas pela lisboagas para lhe fazerem o trabalho que toda a empresa de gas deveria fazer e responsabilizar-se por, já tenho uma coleccçao de 9 documentos (todos com o mesmo template mas assinados com nomes diferentes, às vezes aos pares, de empresas diferentes) entre termos de responsabilidade, vistorias, inspecções, relatórios e avisos. isto sem contar com os anúncios pespegados com cuspo numa parede do átrio do prédio, anunciando que vão cortar o gas, que já o cortaram, o que é preciso fazermos para eles o voltarem a abrir.
já tinham passado uns anos sobre a mudança de gás, processo durante o qual do fogão à caldeira não houve aparelho a gas que os tais sub-empreiteiros da lisboagas não tivessem deixado avariado ca em casa. e cuja reparação tive 'naturalmente' de pagar à minha custa. os suficientes para já não sofrer os sintomas do imenso trauma provocado pela inconsciente inépcia dos sub-empreteiros da lisboagas. mas não os suficientes, afinal, para me curar de uma doença , a dos empreiteiros da lisboagas, que, sem eu saber, se tonou afinal crónica.
perguntar-se-ão os meus amigos se afinal o prédio já tem gas isto é, se a avaria já foi resolvida. pois bem, no sábado estivemos sem avaria e sem gás. no domingo com gas e com avaria (o arranjo da primeira provocou uma segunda). hoje não sei - o gás não foi cortado e a avaria foi arranjada mas como quer o diagnóstico quer o tratamento efectuads pelo sub-empreiteiro de hoje, foram em tudo opostos ao diagnóstico e tratamento prescritos pelo sub-empreteiro de ontem, não posso sequer imaginar como estaremos amanhã.

molho de natal

o natal é um tempo de qualidade semelhante à da masala no caril indiano. nele aparecendo misturadas todas as emoções humanas conhecidas, é impossível distinguir, na hora da ceia, o cheiro da dor do da alegria, o sabor das perda do das expectativa, o paladar da morte do paladar da vida. a sua natureza emocional e intelectual híbrida em tudo o afasta dos triviais molhos de mono sabor - do ketchup ao molho branco - com que, no resto do ano, defendemos a nossa sanidade mental diária.