5.2.10

as efabulações do coelho


são para continuar em qualquer outro lugar...
até porque acabada esta história é ainda o coelho paulo que nos fica na memória.

não é nada

foi então que a senhora de la palisse, reafirmando o seu pensamento, disse (a fazer-se retórica): "porque será que não há nada que remeta para nada?" apenas porque o nada não existe minha senhora. além disso, se existisse, não seria nada.

3.2.10

o coelho e a ciência

o coelho paulo não é desses que nos saltam à frente dos passos no quintal das traseiras; também não é dos que nos aparecem diante dos olhos debaixo de uma cartola vazia. não é de artes foleiras nem criatura de magia: o coelho paulo é cavalheiro de sabença, um príncipe da renascença.

partidas e chegadas: (ou o último exame de uma licenciatura)

- como é que era zé? senhora, partem tão tristes meus olhos...?
- ...por vós, meu bem.
- sim... e o resto?
  que nunca tão tristes vistes
  outros nenhuns por ninguém...
  tão tristes, tão saudosos,
  tão doentes da partida,
  tão cansados, tão chorosos,
  da morte mais desejosos
  cem mil vezes que da vida.
  partem tão tristes, os tristes,
  tão fora de esperar bem
  que nunca tão tristes vistes
  outros nenhuns por ninguém.
é isso. tão bonito. e tão triste.

2.2.10

ontem,

sem que nada o fizesse prever, de repente, caí em mim. mas olha que ainda foi sorte não te teres aleijado. 

a menina e o coelho

o coelho paulo não é um coelho qualquer. além de ser um doutor também faz de caçador. e em dia de caça fina, veste casaca e batina. ó coelho, tem cuidado com a menina!
(a continuar)

desilusão, ressentimento e perplexidade

porque de início julguei que o "problema" tinha mesmo sido resolvido lá onde ele de facto me incomoda. e até muitas vezes embaraça - pela dose diária  de cabotinismo, convencimento e provincianismo. e porra, afinal tinha sido no JN. que eu não tenho o hábito de ler.

porque também eu me tenho farto de dizer, igualmente em público e em voz alta, que o crespo me parece estar a ficar desembestado. leia-se, num crescendo de loucura. e nunca ninguém lhe foi dizer nada. ou então foi ele que não ligou nenhuma. deve ser isso: o tipo, além de baboso é um vaidoso do caraças, para ele só de ministro para cima é que conta. 

porque não consigo perceber o que é que ele quer dizer quando diz, e desta vez, sem ser no seu estilo pompó-rococó televisivo : "fui descrito como “um profissional impreparado”. que injustiça. eu, que dei aulas na independente. a defunta alma mater de tanto saber em portugal".

tu primas!?

uma mulher
bêbada prima
quer?
uma chávena de chá? é muito mais ordinária
mais açúcar prima? do que prima
um homem
está bem assim? bêbado
Adília Lopes

donas

quanto mais primas mais tu arrimas.

31.1.10

a apple devia

criar um iPoems qualquer do qual fosse possível descarregar poemas avulso. sim, uma loja de poesia on-line, à semelhança do iTunes, onde tanto se podem comprar os álbuns como as canções que os constituem.