22.3.08

adoro a linguagem


Taiwan's Kuomintan (KMT) declared its candidate, Ma Ying-jeou, won the island's leadership election on Saturday, according to an initial ballot count.

Taiwan residents began voting in the leadership election at 8 a.m., voting ended at 4 p.m.. Results are expected at 9.30 p.m. About 17.3 million people voted at 14,401 polling stations, said the Taiwan authority.


banksy



no museu



na disneylandia



na palestina



em los angeles

grafiti

até há pouco tempo a palavra 'grafiti' evocava em mim pouco mais do que uma história já aqui referida (rr, madrugada, conversa entre óscar daniel e os ouvintes, tema 'os grafiti são arte ou vandalismo?' a meio do programa surge a seguinte opinião: a arte pode ser feia, como é o caso do picasso, mas, estando nos museus só a vê quem quer: ao contrário, os grafiti ninguém pode evitar).
depois da descoberta deste tipo, e tenho de admitir, com o terreno mental já lavrado por algumas divertidas conversas com a rosava sobre o assunto, o campo das associações provocadas pela palavra 'grafiti' alargou-se consideravelmente.
obrigada magda, obrigada rosa.

a minha neta de 2 anos

durante a leitura comentada de um livro chamado 'a água':
avó: onde é que vivem os peixes?
neta: no aquário.*
avó: e os pássaros?
neta: não sei...
avó: então não é na gaiola?

* não será coincidência o facto de esta minha neta sempre ter chamado 'piscina' ao mar...

20.3.08

xiexie lao pedro!

está explicado o mistério dos componentes constitutivos das palavras huanying e beijing aparecerem distribuídas pelos nomes de quatro bonecos; e a razão por que a nini ficou de fora... a descoberta foi feita pelo lao pedro que, depois da aula, se pôs a investigar o assunto.
eis o que ele descobriu a respeito dos nomes dos cinco fuwa (Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying, Nini): se se juntarem as primeiras sílabas de cada nome forma-se esta frase: Běijīng huānyíng nĭ, o que em chinês quer dizer "Pequim dá-lhe as boas vindas".
uau! nada de mais chinês em termos da nomeação pessoal: a sistematização familiar através do nome, o conjunto dos nomes da fratria a formar uma frase, o nome (neste caso, como é corrente, o nome familiar mais do que individual) a comemorar um momento histórico, o significado múltiplo do nome desde o literal ao alusivo, deng, deng.
mas isto não explica o pai deles...

(os dois que faltam no retrato que lhes tirei, a saber a beibei e o huanhuan (seu irmão mais velho) foram logo entregues pela tia r. à juja e à mimas que entretanto os levaram com elas para os açores)

alexitimia

'ter' a palavra para classificar os "doentes maçadores", uma designação do tipo "vão de escada", faz a sua diferença.

rua maria




19.3.08

campo de sant'ana

the rain in spain

sobre a chuva que caíu nestes últimos dias, comentava hoje uma senhora no café da frente: "ela tinha que vir, não havia de lá ficar..."

18.3.08

dr. seuss

embora de modo muito mais esporádico ainda me pergunto porquê e para
quê é que escrevo esta coisa: qual é o sentido de uma pratica que, e no meu caso pelo menos, sendo simultaneamente muito privada e muito pública parece contra-natura?
a esta pergunta inicial tenho vindo a dar respostas diferentes ainda que assentes sempre no gozo de brincar com palavras (como se de legos se tratasse) a fazer e desfazer construções (de palavras de que mais havia de ser?) em diferentes tamanhos e formas.
ultimamente tenho percebido como a qualidade pública da coisa me desvia da escrita confessional e me afasta sistematicamente da auto-compaixão. por outras palavras: ter todos os dias de arranjar a cara com que vou enfrentar outras caras (desde logo aquela com que vou ler o post depois de o ter publicado) é factor de auto-disciplina e produtor de auto-estima. manter esta coisa obriga-me a prestar muito mais atenção e cuidado à construção da minha própria personagem.
é um processo que em parte me lembra a recusa do meu pai em aparecer de roupão fora do quarto, por se tratar, como ele tinha o cuidado de acentuar, de um traje literalmente "de chambre"; assim como a teoria da minha avó (mãe dele) sobre a indelicadeza que consiste em instalar uma visita num quarto sem espelho.
é cada vez mais esta coisa que me ajuda a não andar de roupão pela casa. a coisa que se vem transformando no espelho que (não) tenho no meu quarto, e no qual mais vezes me vejo e no qual mais gosto de me ver. isto porque, naturalmente, sou eu - e não ele (o espelho, o blog, the thing) que está na origem da imagem devolvida. em suma, ela é o instrumento que me permite (ilusão das ilusões) ver como sou vista, algo que o antigo testamento nos diz ser privilégio dos que já estão fora do mundo.

16.3.08

a madrugada














nothing is more real than nothing
samuel beckett