diário semi-ilustrado sobre a força significante do que é insignificante e da qualidade extraordinária do que é ordinário na vida da autora, o que é dizer, na teia das múltiplas relações humanas que a constituem como pessoa
no meu programa favorito, LUGAR AO SUL, oiço deliciada o uso como criativo de uma 'palavra de medir' portuguesa. nas duas expressões abaixo, é possível sentir a tensão entre as duas funções, de quantificação e de classificação do mundo - tão debatidas a respeito das liangci chinesas. - "num dia faz-se uma mão-cheia de portas" - "dei para aí uma mão-cheia de violas"
sobre "eus emergentes", "identidades virtuais", "auto-poesis" e a possibilidade de construir pontes entre o pensamento da chamada 'terceira cultura' e a visão budista do mundo (o 'eu' como ilusão, por exemplo), num livro publicado em edge - site que recupera e aprofunda o pensamento de edgar snow (cujas 'duas culturas' foi dos livros importantes da minha juventude)
o nyt está a proceder à catalogação das razões por que os humanos têm sexo. se quiser contribuir entre neste blog e junte o(s) seu(s) motivo(s) à lista (já com cerca de 300 pontos)
- não percebo nada... - ***** - não percebi ainda. soletre - ***** - não é assim, a dizer letras não se percebe nada. diga como os telefonistas, porto, aveiro... - sei lá, deixe ver... odeceixe. sinto-me um pouco ridícula... - qual ridícula é apenas uma telefonista algarvia. uma portuguesa diria ovar. mas acho perfeito, é isso mesmo - eu sei. eu própria já usei o esquema. só que em inglês é alfa, beta... não se usam nomes de terras... depois desta conversa telefónica algarve-escócia, decidi formalizar o que julgo seja o primeiro código fonético para comunicações telefónicas entre algarvios. faltam-me no entanto topónimos começados pelas letras assinaladas a bold. alguém pode ajudar? aljezur bensafrim carrapateira donalda estoi ferragudo guia h ingrina judeu loulé marmelete n odeáxere pera quarteira rogil salema tavira u vila do bispo xinicato zambujeira
"Study: Iraqis May Experience Sadness When Friends, Relatives Die" é o título de um artigo cuja leitura muito recomendo. aparece num jornal online, the onion, que me foi recomendado pela rosava (a quem agradeço publicamente...). trata-se de uma 'coisa' inteligente e divertidamente progressista. que, pelo que percebo, funciona através do riso. um riso que por vezes chega a doer. que distância, deus meu, entre esta esta cebola americana e o lusitano inimigo público...
apesar do estilo do artigo, sobretudo as primeiras e últimas linhas, serem de arrepiar, o seu conteúdo encheu-me de emoções privadas e orgulhos públicos.
no cemitério não havia viv'alma (o que não espanta dadas as características do local). como o portão estava fechado a cadeado, deixei-me ficar sentada no carro a olhar lá para dentro, através das grades e a pensar que os cemitérios, na sua qualidade de museus, também deveriam encerrar às segundas-feiras. nunca aos domingos como se fossem hipermercados.
se não desembaraçamos o cabelo com cuidadosa regularidade mais tarde ou mais cedo não nos conseguiremos pentear sem cortar algumas das nossas preciosas madeixas.
zona de tias e tios. dirige-se o banhista - portuga baixo, escuro e barrigudo, ao banheiro - ucraniano, alto e muito claro: "qual é aqui o toldo do sr. general?" / "assim eu não soube dizer. só aqui nesta fieira dos toldos já há cinco generais". esta história foi-me contada pela autora deste blog .