11.8.07

mente desintoxicada

mão-cheia de coisas que não cabem na mão

no meu programa favorito, LUGAR AO SUL, oiço deliciada o uso como criativo de uma 'palavra de medir' portuguesa. nas duas expressões abaixo, é possível sentir a tensão entre as duas funções, de quantificação e de classificação do mundo - tão debatidas a respeito das liangci chinesas.
- "num dia faz-se uma mão-cheia de portas"
- "dei para aí uma mão-cheia de violas"

mei you le

misteriosamente desapareceram os caracteres chineses
que ilustravam a vulgaridade desta glória...

10.8.07

leituras para desintoxicar a mente (3)

sobre "eus emergentes", "identidades virtuais", "auto-poesis" e a possibilidade de construir pontes entre o pensamento da chamada 'terceira cultura' e a visão budista do mundo (o 'eu' como ilusão, por exemplo), num livro publicado em edge - site que recupera e aprofunda o pensamento de edgar snow (cujas 'duas culturas' foi dos livros importantes da minha juventude)

leituras para desintoxicar a mente (2)

artigo sobre a necessidade de não termos medo das "ideias perigosas", publicado no Chicago Suntimes

work in progress (2)

o nyt está a proceder à catalogação das razões por que os humanos têm sexo. se quiser contribuir entre neste blog e junte o(s) seu(s) motivo(s) à lista (já com cerca de 300 pontos)

work in progress (1)

- não percebo nada...
- *****
- não percebi ainda. soletre
- *****
- não é assim, a dizer letras não se percebe nada. diga como os telefonistas, porto, aveiro...
- sei lá, deixe ver... odeceixe. sinto-me um pouco ridícula...
- qual ridícula é apenas uma telefonista algarvia. uma portuguesa diria ovar. mas acho perfeito, é isso mesmo
- eu sei. eu própria já usei o esquema. só que em inglês é alfa, beta... não se usam nomes de terras...

depois desta conversa telefónica algarve-escócia, decidi formalizar o que julgo seja o primeiro código fonético para comunicações telefónicas entre algarvios. faltam-me no entanto topónimos começados pelas letras assinaladas a bold. alguém pode ajudar?
aljezur
bensafrim
carrapateira
donalda
estoi
ferragudo
guia
h
ingrina
judeu
loulé
marmelete
n
odeáxere
pera
quarteira
rogil
salema
tavira
u
vila do bispo
xinicato
zambujeira

leituras para dexintoxicar a mente (1)



artigo no qual se defende que a única ideia perigosa é ‘the idea that ideas can be dangerous" (D. Murali), publicado em the hindu

nova gente

segundo enteado chinês. ainda sem nome. 欢迎!

9.8.07

the onion

"Study: Iraqis May Experience Sadness When Friends, Relatives Die" é o título de um artigo cuja leitura muito recomendo. aparece num jornal online, the onion, que me foi recomendado pela rosava (a quem agradeço publicamente...). trata-se de uma 'coisa' inteligente e divertidamente progressista. que, pelo que percebo, funciona através do riso. um riso que por vezes chega a doer. que distância, deus meu, entre esta esta cebola americana e o lusitano inimigo público...

dueto


- mas como é que esta minha
sombra me consegue agarrar?
- agora já não sou sombra.
sou uma lapa e assim posso
andar sempre agarradinha a si.

assim eu fosse rocha...

glossário

tentovina
fanta
xuto
luce

primas

folgadas e desorientadas são um perigo nas estradas...

6.8.07

campo hidrotermal

apesar do estilo do artigo, sobretudo as primeiras e últimas linhas, serem de arrepiar, o seu conteúdo encheu-me de emoções privadas e orgulhos públicos.

'vapores sulfúricos'



uma 'chaminé'

hipermuseus

no cemitério não havia viv'alma (o que não espanta dadas as características do local). como o portão estava fechado a cadeado, deixei-me ficar sentada no carro a olhar lá para dentro, através das grades e a pensar que os cemitérios, na sua qualidade de museus, também deveriam encerrar às segundas-feiras. nunca aos domingos como se fossem hipermercados.

visita de cortesia

mãe porque é que não me abandonaste?

anos day

a m. telefonou e a r. emeéssou: " dia 5. se os vir, dê um beijinho meu de parabéns, dá?"

travessa dos pentes

se não desembaraçamos o cabelo com cuidadosa regularidade mais tarde ou mais cedo não nos conseguiremos pentear sem cortar algumas das nossas preciosas madeixas.

casal

ambos gostavam de música mas um era gay - dormia - com um rádio e o outro straight - dormia com uma telefonia.

meia-praia

zona de tias e tios. dirige-se o banhista - portuga baixo, escuro e barrigudo, ao banheiro - ucraniano, alto e muito claro: "qual é aqui o toldo do sr. general?" / "assim eu não soube dizer. só aqui nesta fieira dos toldos já há cinco generais".
esta história foi-me contada pela autora deste blog .