13.6.09

publicidade

tens razão, "lavar-se em lágrimas" é uma expressão perfeita. até porque entre todos os produtos de limpeza existentes no mercado só as lágrimas conseguem lavar uma pessoa por dentro e por fora.
...
está bem, são caras mas se pensares em termos de relação preço-qualidade verás que é um detergente que vale bem o que custa tanto pelo seu grande poder de desinfecção e desincrustação como pela sua alta eficácia na regenerações de todos os tecidos humanos.

bom senso

ai pagam pagam, só mesmo as tristezas é que pagam as dívidas.

comunhão

só a doçura do silêncio permite a espessura do diálogo: o eu pode dizer tudo o que quer dizer e o outro pode ouvir tudo o que quer ouvir. momento mágico de entendimento mútuo, profundo e perfeito.

12.6.09

ritmo cardíaco

0 que é preciso, em momentos como este, é não fazer nada, só estar muito quieto a ouvir bater o nosso próprio coração como se fosse o de outra pessoa.

11.6.09

flores regalistas


flores de trabalho

pesado este corpo de deus!

mais on fallen fruit

e já agora outro site da underground fruit economy. e também o excelente artigo do NYT, enviado pela rosava, do qual respiguei estes exemplos na esperança de motivar gente para pôr a ideia em prática. comigo ou semigo.

uma prática a adoptar

são os respigadores do tempo presente (os do passado sendo para mim os que agnes varda tão bem filmou).
vale a pena clicar na imagem para ler, meditar sobre e pôr em prática entre nós.
é de não perder o menu onde se pode ver muita coisa divertida como os mapas por exemplo.

10.6.09

无使尨也吠

野有死麇,白茅包之;
有女怀春,吉士诱之。

林有朴樕,野有死鹿;
白茅纯束,有女如玉。

舒而脱脱兮,无感我帨兮,无使尨也吠。

semana do orgulho

Shanghai Pride 2009 should be a source of great encouragement to the tens of millions of "comrades", as homosexual men and women are called in the Chinese mainland escreve o china daily a propósito deste evento que considera ser "of profound significance for the country and the world".

9.6.09

pão nosso de cada dia

assim sim. o azeite é verde e brilhante, o tomate maduro e encarnado, e o PÃO escuro e bem cozido. o café, bem o café já nunca falhava, nem no cheiro nem na espessura ou cor - como o bacalhau, o café é um fiel amigo.

eu sei que foi difícil, dispendioso e mesmo doloroso. primeiro foi a falta da balança, depois a ausência de pilha conforme aos requisitos da balança, finalmente deu-se a perda dos instrumentos cirúrgicos logo seguida da sua descoberta, trágica, no corpo da criança e, finalmente, no domingo dia de eleições, o parto por forceps (documentado em posts anteriores)

desta vez, o parteiro era outro e recorreu logo à cesariana pelo que não houve reportagem fotográfica do parto mas a criança nasceu bem macia e perfeitinha. mal a apanhámos cá fora começámos logo a trincá-la e não nos soube mal. mas só hoje de amanhã, com o dia aberto à frente dos meus olhos e a sinfonia fresca dos pássaros no ouvido, percebi como tinha valido a pena correr o risco de engravidar, na minha idade.

8.6.09

forceps

fate and life

Fate has two days, untroubled one, the other lowering,
And life two parts, the one content, the other sorrowing.

despedida

obrigada ao pópulo por me ter dado a ouvir esta cantiguinha tão
deliciosamente refrescante apesar (ou por causa...) da sua nostalgia.

7.6.09

a história como um lugar vazio

persepolis conta-nos tudo aquilo que já sabemos o que, para além dos belíssimos desenhos que animam as personagens, é talvez o maior mérito deste filme que a realizadora (e protagonista) afirma ser, acima de tudo, um filme sobre o amor que ela tem pela sua familia.

no meu caso, a identificação familiar e amorosa foi absoluta: durante as mais de três horas que dura o filme fui, ao mesmo tempo, a(quela) filha, a(quela) mãe e a(quela) avó. amei-as a todas por igual, como a mim própria, sem em momento algum me sentir mais perto de (mais identificada com) o papel de qualquer uma delas. o que não sei se se deve à minha experiência pessoal na interpretação dos três papéis familiares se a um efeito estético conseguido pela construção da perfeita continuidade na linhagem familiar feminina.

mas nada disso importa muito. o que aqui conta mesmo, creio, é o modo como uma (h)istória ocorrida num lugar determinado e num tempo específico, logo, em condições únicas e circunstâncias particulares, se transforma (a essencialidade produzida pelo preto e branco, a imensa força expressiva da mistura entre a abstracção e o realismo do desenho) nA História: a minha história, a tua história e a história dela. a nossa história.