16.1.08

coim-chonim

a oposição complementar entre o yin e o yang, na base da filosofia tradicional chinesa, actualiza-se agora frequentemente, na minha vida diária, sob o par coim-chonim. enquanto que o primeiro termo denota um estado de carência, passividade e dependência (a sua insignia é a lua, o princípio o feminino), o segundo representa a afluência e a actividade independente (o seu emblema é o sol, o princípio o masculino). coim, como gesto derivado, sussurra-se em tom implorativo enquanto que chonim, gesto primário, é proclamado em voz impositiva.

wondering heights

up to now the group includes one joão, two josés and one eduardo. from these four names, three are alive and one dead. the day wonders what the night will bring...

15.1.08

w: uma longa hesitação entre o 'u' e o 'v'

não sou a única a embicar com (a ausência de) o nome (português) desta letra, que não sei se foi das que entrou agora para o alfabeto português ou não. sempre hesito, como ela própria de resto, entre nomeá-la pela vogal 'u' ( 'dablio') ou pela consoante 'v' ('dablevê' ).
vem isto a propósito de um programa de rádio sobre a língua portuguesa no qual ouvi um professor da dita opinar que, apesar de o 'k' ter entrado oficialmente para o alfabeto português, era preciso esperar por que as "autoridades da língua portuguesa" nos dissessem se deveríamos escrever 'dakar' ou 'dacar'. contei, numa aula, a confusão que nele me pareceu fazer-se entre os dois planos (fala e escrita) e o gozo que tive no final, ao ouvir o locutor (bem falante naturalmente), a dizer o endereço do 'sítio' do dito programa (cujo nome não me lembro): qualquercoisaponto. por via de um aluno brasileiro percebi que no brasil também não se dizia 'come' mas 'cõ" e por um aluno português que havia mais falantes de português com dificuldades em nomear o 'w'. obrigada a ambos.