12.1.11

à dúzia

é ainda o ciclo dos doze: ramos terrestres, animais, tribos de israel, meses do ano, discípulos, horas am e pm, etc. o doze é a completude, a dúzia.
não admira portanto que o número 'doze' aponte para o entendimento maior e para a grande sabedoria - ele é o número do conhecimento adquirido através da experiência da vida, aquele que nos permite a calma no seio da turbulência.
é o 'doze' que marca o fim da infância, logo, como diria la palisse, o começo da fase de maioridade. já chegou a altura, já se está à altura.
negativamente, o doze pode ligar-se à depressão provocada pelo sentimento de resignação com o curso dos acontecimentos.

perdidos e achados

não tenho sido capaz, nos últimos tempos, de encontrar, no vulgar, a glória. dia após dia, cada dia por viver me tem aparecido como se fosse um dia já vivido - a manhã cedo a saber a fim de tarde, a tarde cansada e gasta como uma noite mal dormida, as noites cegas por um branco de néon (felizmente as lâmpadas económicas lançaram já uma nova gama, redentora, de luz amarela), que ao quotidiano remove todo mistério e sedução.
até hoje.