10.10.07

minor scandal

durante a compra do colchão, com particular relevância para o tempo claro-escuro que passámos deitadas ao comprido na cabine da nave espacial, duas ideias repousaram lado a lado na minha cabeça. uma tinha a forma de uma pergunta: se é verdade, como constato, que o espírito toma a forma do que pensa, qual será a sua morfologia quando se deixa esvaziar de pensamentos? a outra, embora semelhante a uma pergunta, era uma angústia , ou melhor, era uma pergunta retórica: será alguma vez possível sair do espaço fechado em que o modernismo nos encerrou ao amarrar a forma à função?