5.1.08

universidade de aveiro: a arquitectura (do "complexo") e as "plantas de interior"


como é que alguém foi capaz de se lembrar de destruir esta arquitectura 'decorando'-a com vasos de diferentes tamanhos e plantas? e como é que não houve até agora ninguém que os tivesse mandado retirar? se uma única planta de interior que fosse chegava para turvar toda a imensa limpidez deste espaço, a multiplicidade de vasos espalhados por escadas e corredores-sala - deste edifício, exactamente os elementos mais nobres (pela sua qualidade colectiva, função de passagem, opotunidade de encontro?). desintegra a integridade própria de uma arquitectura cuja qualidade maior sinto ser a sua imensa integridade.

para fazer esta fotografia sem vasos tive de empurrar para o lado um, mais pequeno, que estava do lá de cá da parede. mas não consegui mover o que estava do lado de trás e que por isso ficou visível. prova afinal de que (não) se trata de pesadelo meu, nem, for that matter, da pessoa que a sonhou, o arquitecto vítor figueiredo (cuja morte, em 2004, coloca fora de qualquer oposição, mesmo ou sobretudo a que opõe o pesadelo ao sonho)