14.4.07

perfumes

a r., que pensa a publicidade dos perfumes, talvez goste de(re)ler o "estudo" de dorian gray sobre a relação entre os estados mentais e os sensuais. "He saw that there was no mood of the mind that had not its counterpart in the sensuous life, and set himself to discover their true relations, wondering what there was in frankincense that made one mystical, and in ambergris that stirred one's passions, and in violets that woke the memory of dead romances, and in musk that troubled the brain, and in champak that stained the imagination; and seeking often to elaborate a real psychology of perfumes, and to estimate the several influences of sweet-smelling roots and scented, pollen-laden flowers; of aromatic balms and of dark and fragrant woods; of spikenard, that sickens; of hovenia, that makes men mad; and of aloes, that are said to be able to expel melancholy from the soul."

12.4.07

ideias e idealismo

quem gostar da ideia de haver um "lugar inventado pelas ideias e só para as ideias" não deixe de ler hoje (e, se possível sempre) o(s) texto(s) de rui tavares.

11.4.07

arquivo temporário

ru nasce do debate
debate sobre mianzi
mais ru stuff
e ainda mais

de mao a deng

para a rosava este artigo em paga do que ela postou no blog dela para mim. estou enganada mas não faz mal, vai na mesma. toma lá dá cá. laços, guanxis

a vida

cito de cor "a vida é como é. a vida não é como nós a queremos nem é sobretudo como ela deveria ser"

hillary/segolen vs angela

é divertido mudar de opinião. sobretudo quando se trata de opiniões antigas, como que naturalizadas pelo uso - crenças enraizadas em nós e, como tal, estruturantes do que seria a nossa personalidade de base. mudar de opinião tem algo de semelhante com o mudar de roupa, faz-nos sentir renovados, nós e o mundo em volta. foi o que me aconteceu com a leitura deste artigo. Comecei a lê-lo vestida de uma cor e, sem dar por isso, acabei (o) vestida de outra. O que é que (se me) mudou então? Mudou a abordagem do papel do sexo ( feminino, naturalmente, pois só este funciona como “outro”) no discurso politico das mulheres políticas. Não na prática pois, até ver, continuo a pensar que o uso prolongado do género feminino, e, nomeadamente, a prática da maternidade (para não falar já na consciência da discriminação sexista seja ela descarada ou mascarada) implica maneiras diferentes de fazer o que se faz (we stand where we sit não é?). daí ver-me agora a partilhar dos receios de MB sobre a opção de Hillary e Segolen (assim mesmo pelos nomes próprios apenas como nas nossas sociedades são tratadas as mulheres e as crianças, por oposição aos homens geralmente tratados pelos mais formas/distantes apelidos), de colocar o sexo no centro das suas políticas. Por outras palavras, de usar a sua qualidade (ou estatuto? Ou papel?) de mães como instrumento legitimador da sua autoridade e capacidade políticas. Isto porque, não só esses “atributos pessoais” estão muitas vezes em conflito mútuo (Segolen escreveu que pelos filhos largaria a política no dia a seguir), como a sua avaliação é feita a partir de estereótipos sexuais: aos homens politicos não só se perdoa como talvez se espere que sejam “mais politicos” e “menos pais”; com as mulheres passa-se o oposto sendo de prever que o eleitorado não lhes perdoe o facto de serem (representadas como) “menos mães”. Se esse for o caso, por parte do seu eleitorado, elas acabam por contribuir, ainda que involuntariamente, para uma derrota que não é só sua mas de toda uma geração.

10.4.07

Daodejing revisitado

por via da ciência.
pese embora o avassalador biologismo do artigo, não posso deixar de admitir que me agrada a ideia dos humanos serem 'female' por defeito. embora ainda não saiba muito bem o que fazer com ela. para já talvez possa ler o laozi de outra maneira...
neste contexto acrescento ainda que as rubricas "ciência" e "saúde" da edição de hoje do NYT são integralmente constituidas por textos sobre sexo: um artigo, outro e uma entrevista
e rectifico a info dada ontem à rosava: não foi o papa nem o cardeal patriarca mas o le pen (desculpem a imodéstia mas não é fantástico este meu acto falhado?) quem defendeu a masturbação feminina como solução para as gravidezes indesejadas.

9.4.07

nada controversa esta maresia

é de ler. e de fazer outros lerem. oxalá os "gatos" a leiam também. e oiçam o conselho.
para ajudar a convencer os mais temerários do perigo real desta gentalha, vale a pena fazê-los ver o video da banda "musical" que vem abrilhantar o encontro das "juventudes nacionalistas" a ser organizada, em lisboa, pelos papás portugueses.

8.4.07

o resto

não sei se comigo não é ao contrário - a felicidade do sujeito alimentando-se da infelicidade da escrita...
quanto ao resto acho que sim. tens razão mas não respondo por ora. deixa ver