"gosto imenso. da soltura do traço mas porque tem a tal intencionalidade que procuro. gosto do esquematismo como linha que vem directamente do cérebro, a tal definição "o desenho é uma linha que foi dar um passeio". escreve a amiga a quem enviei estes desenhos recebidos de um amigo.
ao que posso responder: concordo plenamente e acho até que percebo a razão do sentimento de presença, ou ausência de intencionalidade. não será porque ele desenha o que
encontra fora de si (embora, naturalmente, a sua realidade interior determine, e de que maneira, a realidade exterior representada) enquanto que tu desenhas o que
procuras dentro de ti (ainda que, evidentemente, a realidade exterior - o que encontras - não deixe de figurar na emocionalidade expressada)?
ou, formulada a pergunta de formas mais esquemáticas:
será que ele desenha
antes de pensar e tu
depois?
será que o AT desenha para
poder pensar e tu pensas para
poder pintar?
seja como for, o que me parece estar em jogo são diferenças na natureza do real: a força das
coisas vs a força do
self .