27.3.10

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25.3.10

o doente disse, sem pausa ou entoação,

que o verde do sofá onde estava sentado, na sala-consultório, lhe lembrava as grandes pradarias para cuja planura lhe apetecia fugir embora também sonhasse com a verticalidade azul das montanhas brumosas; que do mar, o que desejava era a imobilidade, e das árvores, o marulhar ao vento; que queria pôr a nu o seu corpo velho e cansado para primeiro o deixar derreter ao sol e depois devolver-lhe a forma nas águas geladas do rio; que a humana razão era o seu único vício e o  pecado original a perda da virtude das plantas e dos animais; que se sabia encarcerado numa prisão sem guardas, nem muros, nem grades, cujo portão permanecia sempre escancarado diante de si.

23.3.10

sublinhando deleuze

para quem desejar é, em certa medida, delirar - não sobre o pai ou sobre a mãe, mas sobre o mundo: "(...) le délire est géographico-politique, et la psychanalyse chaque fois elle ramène ça à des déterminations familiales; la psychanalyse n'a jamais rien compris à un phénomène de délire - on délire le monde, on ne délire pas sa petite famille (...)." anti-oedipe (1972 com guattari)

21.3.10

de consistente, só a vaidade. todo o resto é fumaça. lampejos se quisermos usar um eufemismo.
chama-se glicínio, é um tipo novo e tem um sorriso muito doce. leve reminiscência floral.