21.1.10

publicidade enganosa


inesperado nome para empresa que trata dos nossos restos mortais; bizarra palma do triunfo (ou do martírio) interrompendo a unidade da palavra ao separar graficamente o tri do unfo. a morte com um triunfo? sim, é possível ver a morte como um triunfo sobre a vida. a morte como um unfo? também talvez se possa pensar na morte como qualquer 'unidentified non-flying object'. e o tri, tem a ver com as pessoas da trindade cristã ou com o pequeno veículo budista, um triciclo?
só pelo recurso à simbologia cristã consigo reduzir parte do espanto da minha amiga chinesa: é mais a vitória da vida do espírito sobre a vida do corpo, o triunfo da eternidade sobre a história; é também a prometida ressurreição dos mortos. olha, no fundo é a garantia da tua e da minha imortalidade, da imortalidade das almas de todos os corpos que, depois de mortos, aqui forem descartados e, por esta empresa, reciclados em espíritos.

consegui!

graças à ajuda - imprescindível - do PQz, mas também à perda de uma manhã inteira de trabalho...

20.1.10

yan de 'andorinha' e li de jasmim

só tão depois do encontro é que índices soltos - mac e pc, vida no japão, domínio de sete línguas, origem sulista, fluência portuguesa e inteligência juvenil  - me iluminam de muito súbito.  quero dizer-lho mas o seu não dito faz-me escrever. assim: se dantes já tinha apreciado uma cristina, ainda menina, como não gostar agora de uma yanli, a rapariga que vi? e assado (quase) só para nós as três: 咱倆又在一起了,真是有緣分!

um espaço, dois tempos



19.1.10

esta é uma daquelas histórias



com que se costuma encher a caixa de correio dos (in-)amigos. mas eu, que faço do não fazer forwards uma vaidade pessoal, resisti. mas, achando que alguns (dos amigos) talvez gostassem de a ler, posto-a e dedico-a às minhas vets.
quem souber russo pode ir directamente a este site e poupa a leitura de outro quite long article.

17.1.10

bodas sem sangue

a noite passada fui (como convidada) ao segundo casamento de um embaixador reformado. a mulher com quem ele se casava era demasiado parecida com uma outra mulher que eu conhecia bem mas de cuja identidade não me consegui lembrar. tanto a cerimónia civil, que foi privada, como o copo de água, em que participei ainda que com sono e sem grande vontade de comer ou beber, decorreram de noite o que chocou os convidados mais velhos e agradou às crianças, que, como se sabe, gostam de ir tarde para a cama. os noivos, que já viviam juntos há muitos anos, partiram para lua de mel com um filho crescidote e um primo colateral de meia-idade. uma vez chegados ao destino final mandaram à família uma mensagem sms, assinada pelos quatro, comunicando que desta vez tinham conseguido agarrar o pássaro. o que me levou a deduzir terem ido de avião. é verdade que também podiam não estar a metaforizar tendo efectivamente caçado uma ave marinha, caso a viagem tivesse sido feita de barco,  ou até um pardalito do campo se por acaso tivessem tomado a auto estrada do norte. pelo sms, cujo fundo era colorido e  muito decorado, pareciam contentes.

mais palabras para julia

viva a rosinha, viva a rita, viva a camila. e viva a erica também. viva o coro e vivam todas as meninas e os meninos do coro. os que são, os que foram e os que hão-de vir a ser. viva cantar, viva musicar, viva dançar e pular. e viva também descansar e sonhar. e imaginar. e inventar. viva viver! viva trabalhar! viva pouco preguiçar e não viva aldrabar nem desconfiar. não viva nada viver pouco. viva viver muito!