9.8.08

artigo (ou devia dizer 'amigo'?) alpha

com o título de "o combate pelos alpha" e publicado no público de hoje. o autor, fernando tenreiro - que sabe do que fala - afirma haver "razões para duvidar do que pensa Portugal fazer dos seus alpha", termo com que ele designa "os indivíduos que todos os outros querem seguir".
- o texto começa bem ao lembrar-nos que "Portugal é um dos 20 a 30 países mais ricos do mundo" e que, apesar de "enfrentar problemas de crescimento como todos, tem recursos humanos, organizacionais e financeiros e também históricos, filosóficos, científicos e técnicos, etc. para os ultrapassar.
- bem continua contextualizando a questão: "A procura destes talentos raros faz-se em todo o mundo de inúmeras maneiras desde as culturais e religiosas, da reencarnação do espírito dos Dalai Lama do passado nas crianças com determinada idade, às científicas e institucionais seguidas pelos países desenvolvidos" e defender que "Os atletas de alta competição são recursos humanos alpha e os Jogos Olímpicos são o teste absoluto entre iguais".
- no seu desenvolvimento há partes que não percebo como quando o autor se refere ao Cristiano Ronaldo, "um alpha português e um puto porreiro". e outras que percebo muito bem: "Não será por razões fúteis, de sucesso pelo sucesso, que a filha da Rainha de Inglaterra e o filho doRei de Espanha e herdeiro do trono foram atletas olímpicos na equitação e na vela".
- e acaba ainda melhor acentuando que "Se Portugal investisse nos seus atletas, seria mais sensível aos talentos de todas as artes e profissões"; recordando que "os alpha em Portugal não se chamam Melo, Champalimaud, Silva, Soares, Azevedo ou Espírito Santo" (mas Ronaldo que "é da Madeira, que é pobre" e Figo "que surgiu na margem sul do Tejo"); e perguntando retoricamente: "Se os alpha como Nélson Évora, Naide Gomes, Telma Monteiro, Vanessa Fernandes surgiram em Portugal com um sistema de incentivos e protecção com escassas oportunidades para os desfavorecidos, o que aconteceria com um sistema solidário, atento e remunerador dos recursos humanos carenciados, os quais aspiram e mais necessitam de uma oportunidade que tantas vezes tarda a chegar?"