começamos pela inevitável aproximação/afastamento à 'superstição'. prosseguimos com uma tentativa de aproximação à 'ciência'. terminamos com uma provisória identificação à 'filosofia'. um dia depois, na pastelaria em frente ao número 64, recordo a conversa: dum lado, a racionalização pelo relacionamento (a lógica do processo geral das coisas, a (re)construção intelectual do funcionamento do mundo como um todo)e, no plano individual/mental, a ideia de que há um fio a ligar tudo (mestre dixit); do outro, a racionalização pelo afastamento (a lógica da criação particular de cada coisa, a (des)construção empírica do mundo, nas suas diferentes partes, a busca do sentido de cada uma delas.
a conversa vira depois para a simetria na 'arte', presente (?) na 'arquitectura' e ausente na 'pintura' e, naturalmente, na 'caligrafia'. mas, serão as duas últimas 'artes' separáveis entre si? e será a arquitectura uma 'arte'? a qualidade 'arte' terá sido reservada aos produtos do pincel?
caraças, estou farta de palavras aspadas. não disporemos de palavras unívocas para podermos falar das mesmas coisas? sim, porque disso não tenho dúvida, as coisas são as mesmas... só os nomes diferem. a questão, dirás, é que não falamos com coisas mas com nomes.
eu sei...
4 years ago