2.10.08

o caminho certo da razão

em conversa explícita com o carlos drummond de andrade, autor deste poema
A mão de meu irmão desenha um jardim
e ele surge da pedra. Há uma estrela no pátio.
Uma estrela de rosa e de gerânio.
Mas seu perfume não me encanta a mim.
O que respiro é a glória de meu mano.
a marta escreveu, para o catálogo da primeira exposição individual do irmão, no museu natural de história natural (sala do veado), esta pequena maravilha intitulada "sobre as esculturas do meu irmão":
Umas são muito vaidosas e deixam-se olhar-se com orgulho por todos os lados.
Outras são muito chegadas porque nos abraçam sem nos conhecer.
Também as há que são ambas as coisas.
Algumas muito empertigadas, as pontiagudas, parecem insinuar o caminho certo da razão.
As mais tolas riem-se descontraidamente de nós porque de certo que se apercebem do nosso espanto.
Em comum todas mostram a ilusão de poder ir e voltar. Nunca se sabe.
Em palavras de madeira, és tu.
A mana Marta