6.5.08

n. adopta escrita fonética nos sms

liguei a uma amiga de 72 anos (neste caso a idade conta). o tm tocou tocou e ela não atendeu. pouco tempo depois recebo um sms (o que não estranhei pois a tinha ouvido dizer antes que até já sabia mandar sms).
no entanto, o facto de ela escrever (sic) "kem ex?" não deixou de me surpreender. mas respondi, como se nada fosse, com um "sou" seguido do meu nominho. não mais me deu troco.
à noite insisti pois precisava mesmo de falar com ela. dessa vez desligou-me o telefone. ainda sem saber por onde começar a pensar no que fazer a seguir, recebo um sms idêntico ao da manhã, ao qual voltei a responder, assim dando origem a este brilhante diálogo:
kem ex?
sou a (seguia o meu nominho)
dkpl, nao kunhexu...podx dizer u nome todo?
aqui começo a debater-me entre a preocupação com a saúde mental da minha amiga e uma imensa vontade de lhe responder à letra com um enormíssimo "rax t parta" no que sou interrompida por novo e imperativo sms:
rexpod...
foi a gota de água - ou melhor, de luz - na minha cabeça às escuras. isto não pode ser a minha amiga: ou ela perdeu o telemóvel ou eu tenho o número errado. depois de um telefonema a um amigo comum confirmar que o engano era meu, não me rextava outra koisa a fazer senão pedir dkpl. o que, contrariada, achei que devia fazer em "bom" português:
desculpe. enganei-me no número.