13.12.11

second day

1. nova visita às casas desta vez com zé manel electricista que chegou atrasado mais de uma hora
2. partida, armada da caderneta predial, para fazer o contrato da água. nada feito porque a caderneta era de 2006 e era preciso uma actual. de nada valeu invocar que já tinha um contrato no mesmo local, era o mesmo numero de matriz, a mesma pessoa. não servia, pois eu podia ter vendido a casa entretanto. apeteceu-me perguntar de que data teria de ser a caderneta - se só aceitavam do dia (mesmo assim podia ter vendido a casa de manhã) mas não perguntei. mais do que da merkel, dependemos dos funcionários públicos.
3. finanças a achar que pronto paciência, era tudo perto e eu até estava de carro e o sol brilhava e eu tinha vindo cá para estas peregrinações. porta de grade fechada, como se fosse feriado, apesar de ser terça feira. vi possibilidade de abrir o fecho, metendo a mão e preparava-me para entrar quando sai um funcionário gritando que estava fechado. fechado, mas é 1 da tarde, então não fecham só às 4? fechamos às quatro da parte da tarde e ao meio dia e meia para o almoço - terá de voltar às duas. os senhores fecham à hora do almoço? mas então as repartições públicas não estão abertas das 9 às 4? isso é só em lisboa e no porto. ah desculpe mas a câmara cá de lagos tem o mesmo horário. mas isso é a câmara, nós não. saí muito cabisbaixa mas logo recuperei a pensar que ia aproveitar para ir ao Qgarden onde o jardineiro de ontem me tinha dito haver velas, não das bonitas como as do Oz shade mas possíveis.
4. estava aberto e a senhora era simpática e prestável e havia. em cores não ideais, não sei um que eles chamam terracota e a mim me parece um castanho encarniçado ou um encarnado acastanhado, talvez não ficasse mal. quanto custa, que dimensões, montam, qual o preço da montagem. tudo carote mas possível como as cores.
5. nova tentativa nas finanças de onde saí com uma caderneta actualizada - pela qual não paguei nada - a correr para a câmara, novamente, não fosse ela perder a validade.
6. contrato da água feito e o antigo do meu pai, transferido para meu novo. paguei com os outros 80 euros que a ljuba me tinha voltado a emprestar. mas, como não tinha cartão MB bão consegui que a factura fosse feita por débito na conta. apesar de a a outra já ser, eu ser a mesma pessa, a conta ser a mesma. as mesmas cenas.
7. eram 3 e tal, tinha fome e achei que me oferecia uma pizza rápida se me prometesse que, depois de alimentada, iria à PT tratar da internet e armada com toda a paciência do mundo.
8. pizza nada má comida no mama mia a falar, pelo telefone com o mestra apolinário (zé pereira deve ter ficado ofendido nunca mais disse nada, volto aos meus...)
9. na PT esperei mais de meia hora em pé mas tive a sorte de ser recebida por uma menina simpática. percebi, finalmente, que na lista deles, esta zona, tanto para meo como para sapo, é de 50%. quer isto dizer que tem tantas probabilidades de haver rede como de não haver. está explicado o fiasco do sapo, embora fique por explicar o comportamento deles. ficou aprazada uma vinda cá, de um técnico para avaliar das possibilidades da meo. técnico que, pelo que percebo, só vem se quiser, na medida em que, por eu não ter feito o pedido oficial (ainda não paguei o que devo), não tem obrigação de o fazer. como dizia a menina: pode ser que tenha sorte de apanhar um que seja bom técnico e que lá queira ir, mas é preciso ter sorte.
10. chegada a casa tinha na inbox o orçamento dos colchões e afins que andam à roda da bela e do planeta. tudo na ordem dos 1800 a 2000 os 10 tapis mais os 10 colchões.
as vezes pergunto-me, outras não.

12.12.11

daily report

1. tentativa fracassada de recuperação do cartão MB: ida primeiro ao montepio cuja máquina o comeu e depois à CGD - onde não me devolveram o cartão, onde tive de escolher entre esperar uma semana, pela substituição do comido (9 euros) o qual, ainda por cima só pode ir para lisboa, ou pedir um novo urgente (perto de 30); escolhi o que vai para lisboa pois, não tendo dinheiro na conta tanto me faz ter cartão MB ou não ter.
2. tentativa fracassada de dar os restos de roupas dos guichas que rebolam no meu carro há quase três anos. apesar do letreiro dizendo "aberto" que estava pendurado na porta, estava fechado. voltei a carregar com a saca para o carro.
3. telefona o pintor, um dos, que já estava na casa para onde vim a correr. feito o orçamento, mantendo o amarelo - perto de 800 euros. de branco, como eu queria, seria 3 vezes mais. descorçoada.
4. requintadíssimo pequeno almoço porque com tudo o que há de mais simples e verdadeiro - pão genial, manteiga sem sal, queijo fresco e bom café.
5. parti contente para a sofa planet cujo orçamento para 10 camas com colchões, dos mais rijos, though ( e baratos) é de 1800.
6. ainda contente fui a Almádena, finalmente, conhecer a decoradora bela. mesmo programa, mas com uns colchões um pouco melhores, 2000.
7. era hora de vir o jardineiro do meu afilhado - um psicólogo que deixou lisboa e a clínica para vir tratar de jardins, e de uma horta, com o pessoal da sua empresa, para lagos. animada conversa e boas perspectivas de negócio. rondará os 40 a 50 por mês (e o sr. zé, um nortenho vivaço a pedir 150)
8. acabada a sanduiche de salmão e rúcula com um copo de leite, logo aparece o tipo da EDP que, além de ligar a luz, me deixou o contacto de um electricista para pedir novo orçamento.
9. telefona a menina da d. alice das cortinas que vinha medir as janelas e ver os sofás para fazer as capas. felizmente não há o tecido horrível que a ljuba queria. orçamento só das capas das almofadas 350.
10. ao fim da tarde chega o electricista recomendado pelo tipo da EDP que acaba de sair prometendo mandar o orçamento amanhã.
11. enquanto guiava o electricista pelo res do chão telefona o senhor do coisas e afins a perguntar se as camas eram para um hotel - parece que os preços são mais baratos. estúpida disse que não. mas ele promete desconto. será o terceiro. desta vez não pecarei por falta de orçamentos. já vou numa média de 2 para cada tarefa e ainda faltam muitos mesmos.
toda esta actividade sem um cêntimo no bolso já que ontem, esquecida de que não tinha cartão MB, fui aviar-me ao Lidl onde até tive de deixar as asas de frango e a garrafa de azeite para a conta não ultrapassar os únicos 40 euros que me restavam.
esta noite bebo um copo de vinho de porto (que sobrou do casamento) à minha relação com o Pedro, isto é, à nossa filha Rosa - o terceiro que sempre caminhará ao nosso lado.
 
tipo da EDP ligar os contadores. passou a haver luz e o nome de um outro electricista a quem logo telfonei pedindo orçamento.

ro(n)da

ando muito à roda.
sinto-me por vezes como um cão (se deve sentir) a farejar o seu território.
não tenho é a intenção de fazer xixi em canto algum.

21.11.11

mãe

vem do crisóstomo, naturalmente. mas sei bem quem, nestes tempos, se deve estar a sentir apenas metade de si próprio.

18.11.11

18-11

reconheço o barulho da chuva e o brilho intermitente do alcatrão. e pouco mais. este ano.

17.11.11

o inverno do nosso contentamento

a senhora, viúva e bem entrada nos 70 anos, sem filhos nem netos para amar ou tratar, não se conseguia decidir sobre o tipo de "coisa" com que sonhava preencher a sua vida. desde há alguns que se debatia entre o desejo de possuir um cão, a perspectiva de arranjar um marido, a fantasia de adoptar uma crianca abandonada ou mesmo, porque não, a aceitaçao de uma pessoa velha sem família; até a hipótese de se afeiçoar a um hamster lhe parecia plausível - o que era urgente, sentia cada vez com mais premência, era colocar uma vida no centro da sua vida, um ser vivo e sentiente cuja saúde e bem estar fossem da sua inteira e única responsabilidade. uma manhã destas de chuva, reparou, ao acordar, que diferentemente do que se vinha passando diariamente, há vários anos, a sua mente estava completamente vazia - a inexplicável hesitação entre os itens do seu catálogo secreto, não estava lá dentro. nem cá fora. ao encetar o seu dia, sentiu-se vagamente sozinha e, já a caminho da tarde, percebeu que a solidão tinha vindo a aumentar preenchendo agora uma parte substancial da sua mente. ainda havia uma claridade nos vidros das janelas quando a mulher percebeu que iria entrar na noite com a mente absolutamente atulhada de solidão. lembrando-se da insegurança permanente que lhe vinha da inexplicável hesitação entre o hamster, o marido, o cão, @ velh@, e a criança, a solidão pareceu-lhe um terreno seguro, uma realidade consistente, um ponto firme de apoio. já na cama, deitou algumas lágrimas, que não lhe souberam mal, antes de adormecer, descansada, na companhia da sua solidão. nessa noite sonhou que, sem saber como nem porquê, tinha colocado a sua vida no centro da sua vida, tomando, a seu único e exclusivo cargo, a saúde e o bem estar do corpo vivo e sentiente que era o seu.

16.10.11

meditação sobre a morte

à pequena perspectiva da mortalidade individual junta-se agora a grande perspectiva da mortalidade social. da mortalidade nacional, mais imponente, à la barreto, não me ocupo.

aniversários

fez um mês. estivemos em fez. nenhum aniversário se repete. la llorona. já não me consigo lembrar.

27.9.11

os acordes,

ora soltos ora frásticos, de uma flauta celebrando uma vida - esta morte? a tarde gelou disse o Tiago.

quand vient la fin de l'été

angosto vai se prolongando por selembro.