27.11.10

não foi o cão

mas o leão. ainda sinto as suas garras, delicadamente recolhidas (para não me magoar o pescoço) quando salta de alegria, duas vezes o meu tamanho, patas imensas cobrindo-me os ombros como se fosse um xaile.
tão distinto como o veludo de vermelho na palidez da palha, uns gritos sufocados, o sangue, o sangue, toda a gente a olhar para mim... e agora, o que fazer?
era doméstico, afinal, o animal do sacrifício. talvez um cão. a surdez com que tudo se desenrolou diante dos meus olhos, mas escondido pela macieza da palha (e do veludo, alias akka, ou roots world how did it go?) o sangue, o sangue, toda a gente...
tens de fazer quaquer coisa, não é possível, pura e simplesmente, criar um leão, não é normal amar um leão, even for you, it might be dangerous. is it?