25.5.09

o título deste post ainda está por encontrar

"gosto imenso. da soltura do traço mas porque tem a tal intencionalidade que procuro. gosto do esquematismo como linha que vem directamente do cérebro, a tal definição "o desenho é uma linha que foi dar um passeio". escreve a amiga a quem enviei estes desenhos recebidos de um amigo.

ao que posso responder: concordo plenamente e acho até que percebo a razão do sentimento de presença, ou ausência de intencionalidade. não será porque ele desenha o que encontra fora de si (embora, naturalmente, a sua realidade interior determine, e de que maneira, a realidade exterior representada) enquanto que tu desenhas o que procuras dentro de ti (ainda que, evidentemente, a realidade exterior - o que encontras - não deixe de figurar na emocionalidade expressada)?

ou, formulada a pergunta de formas mais esquemáticas:
será que ele desenha antes de pensar e tu depois?
será que o AT desenha para poder pensar e tu pensas para poder pintar?

seja como for, o que me parece estar em jogo são diferenças na natureza do real: a força das coisas vs a força do self .