25.8.09

centro cultural

mal ele entrou levantou-se logo a eterna questão - chinês ou japonês?
eu contribui para o debate argumentando, como fazia em macau, quando a minha filha mais pequena ainda era pequena e se interessava em distinguir visualmente uma nacionalidade da outra: sem chapéu é chinês, com chapéu é japonês.
ele não tinha chapéu mas, de longe, como o estávamos a ver, parecia-me ter uma postura corporal pouco solta para "ser chinês".
para podermos decidir em consciência qual era a origem nacional (étnica?) do terceiro membro da assistência (na altura ainda constituída apenas por 2+1) decidimos mudar do extremo sul do pátio, onde nos tínhamos sentado, para 0 extremo norte onde ele se tinha sentado.
mal nos aproximámos da criatura, eu pelo menos, de sorriso aberto para ela pronta a meter conversa, ela levanta-se automática e decidida para se ir sentar exactamente no canto do qual tínhamos saído.
frustados pela rejeição mas aliviados pela confirmação - não havia dúvida que era um japonês - preparámo-nos então para assistir à sessão de fado electrónico ao lado da "minha bela senhora" algarvia e por trás dos pés fantásticos de um bailarino russo.