com excepção da minha pobre (neste caso no duplo sentido) pessoa, todos os residentes no meu prédio são pessoas de elevadas posses e posições sociais.
numa reunião adhoc de condóminos, ocorrida a 27 de maio, por acaso o dia internacional dos vizinhos, juntámo-nos, de emergência, em minha casa para discutir questões de segurança. a casa do porteiro, desabitada há alguns meses, tinha sido arrombada e okupada no dia anterior e muitos dos presentes tinham sido roubados nos últimos tempos: o escritório dos advogados seis vezes (sempre pouco dinheiro); eu duas (um imac de uma vez e todos os meus CDs da outra); e a "senhora lá de cima", tantas vezes que já lhe perdera a conta. só se lembrava que da última vez, tinha sido durante o dia, e que lhe tinham roubado um casaco de peles curto. uma escolha que ainda hoje a confunde: "é que não faz qualquer sentido... se eu tenho tantos casacos de pele, compridos, de vison, tantos, como é que ele, estúpido, logo foi levar aquele, muito curtinho e que até estava meio desmanchado, na gola e nas mangas porque era para mandar arranjar?!".
4 years ago