1.4.08

não há tragédia maior do que recordar os tempos felizes durante os momentos de infelicidade

encontro entre o imperador chinês e o enviado do tibete









pormenor: o enviado tibetano








pintura de yan liben (600-673), em cujo topo se pode ler bu nian tu (步辇图 ) isto é, 'a cadeira imperial'. nela se representa o amistoso encontro entre o imperador chinês taizong (sentado e rodeado por damas da corte) e um enviado especial do primeiro rei do tibete (em pé, vestido de encarnado e com as mãos em jeito de respeitosa saudação).
esta pintura, da colecção do museu da cidade proibida, faz-nos lembrar os tempos felizes: o casamento, em 641, entre o grande rei do tibete, songtsam gambo e a princesa chinesa wencheng.
de acordo com as histórias dos então dois países, gambo estava tão apaixonado por wencheng que até tinha mandado construir um palácio só para receber a sua nova rainha (tratava-se de um segundo casamento, o primeiro tendo ocorrido com uma outra vizinha, também princesa, mas essa do nepal). mais, teria sido mesmo a mulher chinesa a converter o marido tibetano ao budismo, a religião dominante na corte tang.
também em lhasa, no palácio potala, há uma estátua evocando este célebre casal real misto. se alguém tiver imagens, agradece-se a publicação.