12.3.09

a idade do espelho

é francamente desaconselhável estar muito tempo sem mudar as lentes dos óculos se o oftalmologista nos tiver prescrito uma graduação superior. nos últimos três anos, fiz duas revisões anuais aos olhos e uma operação a um deles, sem, em nenhuma das ocasiões, ter mudado as lentes dos óculos conforme tinha sido recomendado pelo médico.
desde ontem com umas lentes novas (a prescrição mais recente, naturalmente) instaladas nas velhas armações, sei agora que não tomei a decisão acertada. é verdade que quando olho para trás me alegra a poupança (mais de 3000 euros só em lentes); mas o problema é quando olho para a frente e me confronto com a mudança.

ainda e sempre a questão dos nomes

finalmente consegui mudar a morada deste blog na qual passa agora a aparecer o seu nome social "a gloria do vulgar" (uma 'glória' não acentuada) em vez do nome genealógico, "antroponimia", que lhe tinha sido atribuído aquando do registo civil.

"白馬非馬", 白馬論




10.3.09

vamos a lagos?





partida na sexta e
regresso no sábado


ainda há carros
com lugares vazios


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6.3.09

oração de graças

because it took me ages to get back, not to my life, but to a life.
I mean to "have" friends and neighbours; to "have" places to go and times to do things;
to "have" greens growing up outside and reds (or whites) growing old inside. to "have" a family and a designed place in it where to stand (or sit); not to "have" plans or dreams for the future (near or far).
I mean not to have a life (or, for that matter, not to live a life) but to be a live.

4.3.09

resposta sem resposta

o que responder a este, mais que todos doce email, recebido hoje de manhã - "a glória do vulgar" tem estado muito pouco animado. muito que fazer? - senão animá-lo através da sua imediata postação-publicação?

1.3.09

silêncio sem companhia

(...) no pinta en el cuadro su habitación o su cama, sino el reflejo de su habitación y su cama en el espejo, como si quisiera distanciarlas de la realidad o, quizás, hacer esa realidad más concreta al enmarcarla en el rectángulo del cristal; lo que vemos está al revés de como era y de como lo vieron los ojos de Gaya durante cientos y cientos de anocheceres cuando, cansado del día, llegaba al silencio sin compañía de la habitación que le servía de morada. Una medio deshecha, tal como quedara evantarse, mostrando las sábanas blancas y una cubierta oscura, del mismo color que el almohadón que, sobre la almohada, le permitirá elevar la cabeza, una vez acostado, para acomodar la lectura de cualquiera de los libros que reposan sobre un estante junto al lecho. Láminas o dibujos sobre la pared y, sobre la mesilla -¿una maleta?-, sobre la brillante cubierta roja de un libro, la lámpara, una lámpara que recuerda la forma de un quinqué, cuya pantalla traslúcida permitía una iluminación amarillenta, difusa, que caía sobre el hombro izquierdo del lector que, acostado y repasando las páginas del libro, esperaba que el cansancio y la tenuidad de la luz cerrara sus párpados cansados y dolidos.
José Luis Valcárcel sobre "La lámpara" (1955) do pintor Ramon Gaya.