4.9.09

setembro

um amigo perguntou-me se eu também me ia apropriar de setembro e ainda quis saber  quão 'querido' me era o único mês do ano cuja qualidade própria se faz do ser-verão e não-ser-verão. 
respondi~lhe que não me sendo tão querido como agosto, também tinha as suas datas mas não elaborei. a morte do xf, hoje, será mais uma a juntar às que vou comemorar em setembro do ano que vem. 
setembro tempera o calor de agosto e assim retempera os que conseguiram passar, com vida, de um mês para o outro. o desejo e a memória, que em agosto se misturavam numa espécie de euforia, voltam agora a separar-se o que confere a setembro esta doce e paciente nostalgia. tão distinta acho a qualidade deste mês que se depois de morta viesse, por acaso, a ressuscitar durante a sua vigência, havia de perceber, mal se abrisse a tampa do caixão, que o tempo cá fora era setembro.