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Classificar o PCP enquanto “pré-moderno” e o BE enquanto “pós-moderno”, ao mesmo tempo que se agita todos os papões do anti-comunismo primário (a nacionalização das criancinhas, os extremos que se tocam, a irracionalidade de Louçã, a cassete que só é de Jerónimo), permite a Sócrates, Vitorino e Simplex obterem um efeito de estilo, mas nada nos diz acerca da ideia de modernidade que anima o próprio PS. Podemos mesmo perguntar se o efeito obtido não é justamente o de se esconder a realidade política dos últimos quatro anos por via de clichés sociológicos que se desmoronam quando vemos que, ao contrário dos deputados do PS, os deputados “pré-modernos” do PCP votaram a favor de propostas tão “pós-modernas” como a do casamento homossexual e os deputados “pós-modernos” do BE foram vistos e revistos à porta de empresas, a tomar o partido de figuras tão “pré-modernas” como os trabalhadores em luta, contra a equidistância de um governo que esqueceu que há uma parte mais fraca na relação entre capital e trabalho.(...)