25.4.09

ontem, hoje e amanhã


hoje mais do que as imagens dos cravos nas espingardas, dos soldados encarrapitados nas chaimites, ou de nós, os "populares", a apoderarem-se do encarnado da bandeira, mais do que as cantigas de denúncia, de sonho, ou de revolução, foram as lágrimas de marques júnior e o embargo na sua voz que me reasseguraram sobre a realidade do que aconteceu há 35 anos. e que foi apenas, como dizia a 'manhã clara', no seu sms comemorativo, que 1974 tinha sido o tempo "quando tudo era ainda possível".
enxutas as lágrimas com que reguei as minhas memórias mais vitais, parto para o futuro (se é que a distinção temporal da gramática tem algum sentido na vida...) que hoje passa pela tradicional manifestação da av. da liberdade.
o que amanhã se fará amanhã se verá...